Milton Nascimento
Sonho de moço
Pensam que não vale mais eu vir cantar
Rumos de povo e coisa e tal
E sonhos de moço pensam ser devagar
Morreram com quem já não é
É hoje, sempre, amanhã, sempre está
Sou homem, sou jovem, menino, sou eu
Por mais que me mate o amanhã
A fé me transborda essa manhã
O pão, mais um dia, o Dom da vida
O sol da vida, eu quero acreditar
O pão, me mereça essa manhã
Que importa se estou a repetir
Sessenta e oito, qualquer dano, o dano todo
Quero acreditar
Mas de quem tá atrás de mim quero ver
Um amanhã em tudo meu
Dar liberdade quem está atrás de mim
Menino, quero acreditar
Ah, isso eu quero acreditar
Façam por onde acreditar