Vitor Brauer
Feito um Fã de Placebo
Me chamam paranóia
E eu me acho um vagabundo
Mas poderia ser os dois
Dormindo num travesseiro de contas que eu não me livrei
Projetos e amores que eu não paguei
Eu e meus versos ruins e a minha fama ruim
Não me fale em humildade
Por favor, por favor
Não existe falso pudor
Depois de uma certa idade
Mas já são 4 anos que o primeiro...
Deixa pro ano que vem
Passou


Isso é paranóia
E a paranóia não dá trégua
A sua risada tambem não
Eu não consigo mover um passo
Nem mesmo uma palavra
Sem o medo de um ataque
Mesmo a cidade estando tão tranquila
Mesmo a cidade estando tão vazia
Mesmo sabendo que ninguém olha mais na minha cara
E meus inimigos...
Eles só existem na minha cabeça
E eles sempre me convencem a voltar pra casa
Mesmo eu sabendo que é tudo mania de fraqueza, beleza
Mas é que eu não levo jeito pra isso
Eu não nasci pra isso
Mas enquanto eu puder eu vou levando
Enganando você, meus pais, meu chefe e quem mais for preciso
Pra conseguir ser um homem sério


Isso é paranóia
Ou só mais uma guerra em torno do meu próprio umbigo
Pode ser eu escrevendo o que vocês diriam pra mim
Mas não tem importância
Quem escreveu isso não sabe o que é razão nem compromisso
Minha única razão é esquecer
Eu vivo pra esquecer
Eu to sempre tentando esquecer alguma coisa
Ah, eu sei que pareço um fã de placebo
Eu até sou
Mas eu juro por deus que tem sempre alguma coisa além disso
Tem sempre alguma coisa
Além disso