Barbara Bivolt
Alquimia
[Verso 1: Bivolt]
Põe as minhas letras na língua
Que sua mente derrete, doce, no melhor dos boombap
A nave tá abastecida decolando a milimili por hora
A milimili, a milhão
Apreciando as cores nebulosas da nova aurora
Ser musica minha função
Na Alquimia pra fazer o disco de ouro, meu rap é de ouro
E de prata, é sabor, é amor, é um show, é louvor, é Brasil
é calor e latão, é o bronze, e o bronze da pele, é a cor do pecado
é o próprio pecado, é o certo o errado
é o dom, é tão bom de verdade
é namoro, amizade, é irmã é irmão
Só papo reto, sem contradição
Te trago boas novas do lado de lá
Se você busca salvação, meu rap salvará
Já que eles estão passando, não deixei passar
Eu aprendi a voar, quero ver me alcançar
Alcança aquele que se identifica
Monta e desmonta as armas que cês cita
Depois atira, quero ver acertar
Acerta em mim então me curvo
Meu sentimento é puro e pronto
Meus verso é dono da Terra e de um trono

[Verso 2: Cíntia Savoli]
Nos calabouços da mente o inconsciente consente
Não sou vidente mas tem coisa que a alma pressente
Decrescente, as vezes a trajetória é irregular
Visão singular, pra fazer o coletivo funcionar
Deixa estar, nós cai pra aprender a levantar
Aprimorar os destinos e elevar o patamar
Degrau por degrau, as migalhas to dispensando
E se desandar, nós traça as mudanças de plano
Tô vislumbrando, a luta é pra quebrar corrente
Eu quero as chaves que abrem as portas do meu consciente
Varias vertentes, cês num sabem nem de onde eu vim
E adora botar as caras pra dizer o que é melhor pra mim
Vai por mim, cada um sabe a dor de ser quem é
O que já foi passou, o agora já é, já é
Tamo a mil no 110 e 220
Esses castelo cai por que são feitos de maderite
Palpite não, se pa uns conselhos de irmão
Todos esses anos de loucura não foram em vão
Momentos vem e vão, nós agradece
Nós ri, chora, melhora, faz uma prece
é o sobe e desce, tipo montanha russa
As diretas pra quem sirva a carapuça
Raízes foram cortadas, deixei crescer minhas asas
Eu to fazendo a trajetória de volta pra casa