Lenine
À Meia Noite dos Tambores Silenciosos
[Verso 1]
O baque do maracatu estanca no ar
Das lâmpadas apaga-se a luz branca no ar
Na sombra donde somem cor e som, somos um
Ao rés do chão, aos pés de Olorum

Um lume no negrume vaga dentro de nós
Um choro insonoro alaga o centro de nós
Com fé ou não no axé, no São José, todos são
Um nó, e tudo é só comoção

[Refrão] (2X)
Largo do Terço
Quão largo, profundo
Bendito é o teu rito que eu verso

[Verso 2]
Em mantras, cantos brandos já ecoam no ar
Em bando, pombas brancas já revoam no ar
No chão, na vibração de nossas mãos, somos um
Irmãos na evocação aos eguns

[Refrão] (2X)
Largo do terço
Quão largo, profundo
Bendito é o teu rito que eu verso