Quanta gente navega
Tudo se encarrega
Toda a gente aqui peca mas tudo negou
Pois a gente ainda nega
Feitiço nos pega
E o que nos apega já nos enfeitiçou
Enquanto a gente navega
Tudo se encarrega
Toda a gente aqui peca mas tudo negou
Agora rebobina a fita da cassete
Para ver o que gravámos e o que nos curou

Toda a lâmpada funde
Querias que eu desse luz a tudo até que acaba a luz ao mundo
Ninguém apaga esse ciúme
E agora onde é que eu estou sou um peixe no cardume
Baixo o volume mas não me obrigas
Estou farto para mim já basta do resumo
Isto são brigas no quarto
Querias um quarto eu dei-te tudo, todo o mundo e uma parte
Quiseste voar lá para o fundo e no fundo agora é tarde
Isto é amar-te mas de facto difícil é mudar as regras
Encontrar-te, levar-te comigo, sem elevar as quebras
Descomplicar-te e dar-te boas razões para não teres perda
Ser paciente e não dar passos maior que à perna
Enquanto a ti mommy, todos temos dias maus para te fazer um origami
Estar a escrever para ti quando devias ter o ânimo
Em vez de apreciares a vida estás à espera de um tsunami

Todos temos momentos maus
É sinal que estamos vivos
Nem sempre tu estás no auge
Às vezes só sobrevives
A vida não é um holocausto
Todos temos cicatrizes
Se vês a tua num caos
Tenta vê-la positiva

Não podemos ser ingratos, ou o que vem já não retorna
Não meto à borda no prato, prato cheio o caldo entorna
Se for ingrato que fique preso na manobra
Desculpa ser chato sabes que é essa a minha forma
De ser, e o que me está a parecer
É que não dá a parecer
Nada do que tinha imaginado
Disse estar a acontecer
E o prazer é todo meu mas às vezes estou baralhado
Porque eu não sou o culpado dessa forma de ser
Esta vai para todos aqueles que dizem que eu falhei com eles mas que nunca mo disseram
E para dores de cotovelo ou para pontas de cabelo
De cabeças enfeitiçadas, fixadas viraram pedra

Ba-ra-não-não-não, tu não disseste nada
Quiseste um avião mas eu bazei de jangada
Confusão foi instalada
Fica com a razão que eu hoje fico pela entrada (fico pela entrada)
Tu não disseste nada
Eu bazei de jangada
Confusão foi instalada
Fica com a razão que eu hoje fico pela entrada

Já rimos muito é verdade, não somos videntes
Se calhar estamos separados sem estarmos sorridentes
Sinto muito se é passado mas já sorri menos
Pois encontrei a felicidade que nunca tive em tempos
Queria poder confiar mas a falar dispenso
Passado não dá para mudar nem apagar o preço
A gente vê-se por aí ou faz o recomeço
Porque é raro a gente errar e voltar ao começo

Quanta gente navega
Tudo se encarrega
Toda a gente aqui peca mas tudo negou
Pois a gente ainda nega
Feitiço nos pega
E o que nos apega já nos enfeitiçou
Enquanto a gente navega
Tudo se encarrega
Toda a gente aqui peca mas tudo negou
Agora rebobina a fita da cassete
Para ver o que gravámos e o que nos curou