Sid
Brasil de Quem? (Parte 2)
[Letra de "Brasil de Quem? (Parte 2)" com Sid]

[Intro]
Pra não dizer que eu não falei das flores
Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mão
Caminhando e cantando, seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição
Brasil: país de poucos, de privilégios divididos de forma errada
É muito pra poucos e pouco pra muitos
A corrupção e o preconceito
E a tendência é só piorar, infelizmente

[Verso]
Bem-vindo ao caos, 2018
Onde a violência é mais importante que a eleição
Onde a eleição é mais importante que a humanidade
Já que humanidade é uma palavra esquecida por essa geração
Eu vejo ódio, tiro, assassinato
Eu vejo raiva, grito, estelionato
Eu vejo a população se matando e se dividindo
Pra tentar adivinhar o melhor candidato
E se eu te falar que não tem melhor candidato?
E que o povo desse país aqui já anda cansado
Anda iludido, sem esperança
Sem emprego e sem comida pra por no prato das suas crianças
Se a gente idolatrasse o povo igual idolatra político
O país não tava nesse estado crítico
E se tu julgasse o roubo do rico igual julga o roubo do pobre
Corrupção já teria pena de morte
O seu problema não é econômico (Não)
O seu problema é social
E é triste ver a sua necessidade
De alguém divulgando seus preconceitos
Só que em rede nacional
Nem todo mundo que é de esquerda é comunista
Não acredite nessa fala da direita
Eles só tão querendo criar um vilão
Pro herói poder matar tendo a desculpa perfeita
Guerra de partido é só uma ilusão
Pra tu achar que fez parte da decisão
Lembra que de frente, a minha esquerda é a sua direita
Logo política é só um ponto de visão (Ahn)
Tanto fez, tanto faz, tento pensar no futuro
Sem esquecer o que tá atrás
O que a ditadura fez com meus pais
Com seus pais, com nossa paz
Com esse país aliás
Pense bem, o Brasil não é amor e são senzalas
Lembre-se, a mudança vem com dores, não malas
O preconceito dissipa seus odores nas valas
Nas favelas, os velórios não têm flores, têm balas
Espero que a mudança venha de trem-bala
O rap é a revolução que anda de Opala
Eu sei que o preconceito racial ainda nos separa
Mas quem luta por algo maior nunca se cala
Eu podia culpar o PT ou o PSL
Ou qualquer outro desses P de puto aí na boa
Mas a corrupção não tá no P do partido
E sim na personalidade do P da pessoa
Nunca vou apoiar apologia à tortura
Ainda prefiro a cultura do que é fartura
Política no Brasil é igual música
Só quem estuda sabe ler partitura
Cês querem aprovar uma lei que libera o posse de armas
Segurança não é igual pistola na cintura
Só tem uma lei que vai conseguir mudar o Brasil
Ela se chama lei-tura
Eles finalmente conseguiram desunir a gente
Pra criar espaço e brincar com a tua mente
Agora o certo e o errado perderam perspectiva
Por isso que você acredita em quem mente
É fake news pra cá, fake news pra lá
Não acredito mais na imprensa, só no WhatsApp do celular
Celular na mão de zé povin' virou uma arma
Sabotage avisou, tu que não quis escutar
A minha luta social não é por mim, irmão
E sim por quem não teve a minha oportunidade
O amor vem acima de tudo (Tudo!)
E não só pelo semelhante
E sim amor por toda a diversidade
Pelo branco, preto, pobre, rico
Pelo mano, a mina, o nobre, o gueto
Pelo hétero, homo, trans ou bissexual
Direito era pra ser pra todo mundo igual
Pelo índio, pelo nordestino
Pelo carioca, o candango, o paulista
O direita, o petista, a mulher feminista
O careta, o artista, que exista direito onde o ser humano exista
[Saída]
Você se ilude achando que a mudança vem de cima
A mudança vem de baixo, da base, do povo
Não espere que um candidato mude o país
Você tem que mudar o país
O povo brasileiro é tão corrupto quanto os políticos brasileiros
Por isso o país não anda, acorde, mude e seja melhor todo dia
E dependa menos da bondade do outro
Todo dia é uma eleição diferente nas nossas pequenas ações
Vote certo todo dia