[Verso 1: Mcharles]
Realidade de si dá desgosto
Onde o amor no coração não habita
Lágrima que escorre no rosto
Vida carcaça, espírito grita
Tratado feito um cachorro
A diferença são nossas mentes
Que de repente ela te prende
Vende-se boca da língua que mente
Teu ouvido que escuta
Fica em dúvida
Monte de perto longe me dita
Em falsos verdade você acredita
Ditado foi dito de pena maldita
Uma fábula que não se entende
Uma espera em plano catatônico
Desigualdade de raças e cores
Olhar de ódios e contraste daltônico
Casas que prega palavras
Hipócritas vivendo utopia
Lady Gaga não, lei que traga
Entre metáforas se aposta azia
Falam da arte da guerra, Sun Tzu, menos um fã
Troco o cordel pelo bordel, fizeram arte no sutiã
Nunca fui Charles Bukowski
Mas temos coisas em comum
Não só nome, e sim a poesia
Só que eu sou século 21
Existe vida após a morte, faz favor, aperta rec
Separação de alma e corpo, heresia de Allan Kardec
Alguns almeja tanto o céu vivendo nesse próprio inferno
Se a terça parte de anjo de luz conduz esse mundo moderno
Se preocupe com os demônios, manicômio de estresse
Em busca de sua alma, tentou pai de Dean Winchester
Vou escutar tanta crítica
Só que minha orelha é pique Van Gogh
Nunca fui uma ovelha perdida
De corte de guerra sou mais um Braddock
[Verso 2: Mc Sid]
Eu sou um poeta sem topo
Tipo, qual é o trato, trampo?
Topo, qual é o tópico?
Igualdade? Mando 'cê ser tão utópico
De verdade eu me sinto ótimo
Mesmo esse mundo virando uma merda eu me sinto bem
Chama-se integridade!
A cena hip-hop tá capenga
Caralho, cansei de ser muleta
Trabalho eu tô fazendo dobrado
Bati minhas metas e acham que eu vendi minha alma pro capeta
Dizem que eu sou playboy
Só pra não dizerem que eu sou um vencedor
Eu digo que tu deu azar
Pra não esfregar na tua cara que tu é só um perdedor
E olha que eu me lembro bem
Todos que disseram que eu não ia além
Porém tô de pé, vivão e vivendo
Fazendo o que eu amo e fazendo bem
Noites nos obtêm
Soube quem andou falando merda de você, quem?
Esqueci, era só um zé ninguém
Só tem dois tipos de MC:
Os que falam merda de você
E os que fazem melhor que você
Qual dos dois você vai ser?
Falador ou trabalhador?
Pensa bem pra responder
[Verso 3: Noventa]
Não mano, quero essa fita aí não mano
(Não mano, ay, ya, uh)
Querem ver seus sonhos morrendo, para
Diretamente do fundo do poço
Pro próximo passo
Não é dia de [???]
Enquanto há sangue por vaidade
Eu tenho sede de justiça
Então pode avisar que eu vi no olho da criança
Alegria e pureza
O fato é: enquanto ainda há vida, ainda há esperança
Tu é igual Sancho Pança
Então foda-se as punch
Foda-se os muro
Eu tô fazendo punch com a voz
Cuidado com os tempo de paz
Não se espante com o após
O amor é uma luz pros seus pés
Não ouça o conselho do algoz
Precisamos de alguém pra nos salvar de nós, fé
[Verso 4: Alves]
Avisa pra vida que esse é o nosso ano
Sem "pera", só "bora"
Não passa o pano
Pra quem ta subindo pisando nos mano
Quem é tanto aguardado não fica moscando
Disseram que eu volto na mesma pegada
Que mesmo parado tô executando
Então 'lek aumenta o som no volume
Que eu vou te mostrar qual que é o meu plano
Hoje é sem massagem, sabe como é
Trazendo a mensagem, nós tá trajadão de fé
Bico, se tu caminhasse o tanto que tu fala
Tua boca saía teu rosto e parava no teu pé
A Terceira Guerra na porta outra vez
É só psicopata rasgando na munição
Por isso a gente solta o Liricopatas 3
Aqui os poeta é munido, mas de informação
Talvez sem formação na ética, patético
Esquecer o conteúdo e pensar só na estética
Por isso sua vida tá estática
Ama a grama do vizinho
Que na verdade é sintética
E cada ano que passa mais novo eu fico
Minha nova versão, pois vivo e me modifico
Não me identifico com quem só enxerga problema
Reclame menos, seja a solução do que condena
Antes que me dê pena, fico parado um ano
Interiorizo e volto dois de conteúdo
Esperto é quem enxerga os conselho nos detalhe, então
(Parabéns Alves, autoestima é tudo...)
Essa daqui é pros MC que tão por aí no anonimato
Por cada palavra que foi dita a mim
Eu nunca me esqueço e sempre sou grato
Que Deus entregue a vocês aquele sonho
Um tipo de fato:
Vencer pra muitos é viver no luxo
Pra outros é ter comida no prato
[Verso 5: BMO]
(No momento que eu tô escrevendo isso
3 artista entrou na cena e tu ainda não se fez
E foi isso que entrou na minha mente
Despertou no consciente que agora é minha vez!)
Não só faço coisas grandes com pequenas empresas
Eu fiz coisas gigantes sem empresa nenhuma
Se to com minha família pra mim tá tudo beleza
E vocês pela saco nunca vi vocês na rua
'Cês acham que tão rico tragando especiarias
Sábio mesmo é quem procura riqueza e ideologia
Mente de ouro, moleque doido
(Pau no seu...) nunca fui tolo
Monto minha base
E depois disso tudo ainda quer pôr a cereja no bolo?
Bolada de dinheiro, [???] o dia inteiro
Os primeiros serão os hu... (não, não mano)
Colei na gringa e mostrei meu flow
Mandei um "Fuck you" pra todo mundo
E apresentei BMO
Anunciaram a Terceira Guerra Mundial
Isso pra mim é piada
Agora vocês ficam preocupado
Mas não fala nada quando rola guerra (porra mano)
Dentro da própria quebrada
"BMO, por que você parou de batalhar?"
O foda é que eu nem posso mandar a real
É tanta sujeira no meio da cena
Que se eu falo 'cês se envergonhariam desse rap nacional