Ogaia
Contra-Maré
[Verso 1: Guima]
24 horas, embora não durma torço que a dor suma
Em suma não é só isso o que o arbitro assinou na sumula
Vida arbitraria me ilude e sonho mesmo sem sono
Impondo um futuro tipico
Tipo família, trabalho e saúde
Saúdo o outro eu Acorde desse falso mundo
Me leve de volta pro velho futuro
Provei do fruto proibido e descobri que amo Eva
Mesmo que ela ame Adão, foda-se
Só não quero Caim como irmão, caí do abismo
Descobri o cinismo, seria isso o principio da vida?
Indícios de amor e alegria
Principio de morte, envolve a todos, envoltos em dogmas
Fugindo com drogas, que droga
Ainda culpamos a cobra
Inferno de aries, respire meus ares
Venenosos ares astrais
Esses astros são fracos, cacos do copo quebrado
Jamais, encoste no meu cálice, otário

[Verso 2: Magrelo]
Pra chegar na frente não e só mirar o podium
Por isso muitos param no primeiro episódio
Ouvir tanta besteira anda me causando ódio
E isso vai explodir, pique bomba relógio
Trampando no sapato pra entrar na sua memória
Seja chato ou interessante tipo aula de história
Se acham os maia brabos com pequenas trajetória
Criticam suas derrotas, sem conquistar vitórias
Criticam tanto o funk, talvez por estratégia
Mas pra bater falador, tacamos fogo na inveja
Levada lenta e gostosa gata, é como beijo
Se isso te excita, eu mato teu desejo
Passando a visão pra mano emocionado
Que tenta passar a visão, só que de olho fechado
Isso pra mim não é sonho, mano, fui predestinado
Sigo de cabeça erguida e nariz nunca empinado, e fé