Enigmacru
Excepções
[Intro]
Virtus
Enigmacru
Sexto sentido, AMR

[Verso 1: Virtus]
Exceções fazem alusões a boas intenções
Ilusões trazem noções de precipitações
Algo escreve que esta viagem nos pede uma cantiga
Esta é uma canção breve ou sempre estivemos de partida
Nunca é tarde para exceções até algo nos vir dizer
Levantar cedo e cedo erguer para mais alguém desaparecer
Ser pontos coincidentes unidos com incidentes
Ser do mesmo fruto mas de gomos com sumos diferentes
Videntes por temer que um dia tudo morre
E mais evidentes por saber que nada disto corre
Admito que nunca houve qualquer exceção à regra;
Confessas, contestas, mas falhas e quebras em ti
E quando te juntas a mim quem é que avança
Depois dessa tempestade vem a tua vingança
Parcerias sentimentais diluídas até hoje
Porque eu somo mais um mas não somos mais dois

[Verso 2: Chek]
Disse nunca tantas vezes tinha de falhar alguma
Perdi as palavras no meio do fumo e disse fuma
Realmente esqueci-me do que era real e não as deixei de ver como falhas mas via-as como uma explicação
Crescemos, vemos as coisas serem diferentes
Por serem tão iguais e ficamos diferentes igualmente
Excecionalmente, aceleras, brincas com o tempo
Bates e matas o teu amigo mas foi um acidente
Amor, tenho palavras dentro do meu pensamento
Nunca me tinha acontecido esconder-me de mim mesmo
Desisti de muitas coisas para ter-te dentro do meu corpo
Contigo vivo, e sem ti sinto-me quase morto
Confronto o tempo e isso não me preocupa, só ocupa o espaço das perguntas, porque tiras-me todas as dúvidas
Um dia acordamos tarde demais, tu acordaste-me cedo e a noite não me foi tão comprida como as últimas...

[Scratch: DJ Crava]
Prometemos, não cumprimos exceções...
Perdi as palavras no meio do fumo e disse fuma...
Excecionalmente aceleras, brincas com o tempo

Quem é que avança depois dessa tempestade
Por temer que um dia tudo morre...

[Verso 3: Each]
Coloquei a hipótese de tentar perceber o teu lado
Estiquei a corda e parti-a antes dela ter quebrado
Confesso não ter pensado que isso fosse necessário
Fui habituado a ouvir o sempre como sendo temporário
Temos ignorado o que às vezes ias vendo
Já agia como se tu não visses sempre
Exceto quando cedia o suporte da consciência, tão leve
Quando a perdia já não sentia diferença
Isto sem não contar as exceções que temos concedido
Ao ver-te como mãe e tu não me veres como filho
Prometemos não cumprimos abrimos exceções
Que permitem coisas que à partida nunca nos permitíamos
Fugimos dos problemas, não os resolvíamos
Criamos regras, quebrá-las era o melhor que conseguíamos
Isto pode não fazer muito sentido
Mas passaste de excecional a uma exceção p'ró meu espírito

[Verso 4: Virtus]
Porque em caras não vês almas, é o facto o qual encaras, mas o que nos faz crer na alma é quando ela se vê na cara
Vê na cara e na minha não posso ser mais animado, ao teu lado não sou sendo só um ser inanimado
Esperava que esta ligação fosse sempre a maior
Expectativa uma piada fui o último a rir pior
Há! há vezes que perguntas o que penso
Fazê-lo sem hesitar, às vezes o que faço é apenas pensar
Se isso for um problema, dá um tema, escrevo, fico na mesma
Então sempre fui eu o problema
Sabes, acho que mais vale a grandeza de sermos fúteis
Porque querer saber demais por vezes torna-nos inúteis...
Não tenho espaço para uma exceção, agora é tarde
És a matéria que não percebi por ter decorado
E se hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
Tu não vais ser o resto dos dias da minha vida