Liniker
Bomba Pra Caralho
[Intro: Linn da Quebrada & Liniker]
Baseado em carne viva e fatos reais
É o sangue dos meus que escorre pelas marginais
E vocês fazem tão pouco mas falam demais
Fazem filhos iguais
Assim como seus pais
Tão normais e banais
Em processos mentais
Sem sistema digestivo
Lutam para manter vivo o morto-vivo
Morto-vivo
Morto, morto
Morto-viva

[Verso 1: Linn da Quebrada]
Bomba pra caralho
Bala de borracha
Censura, fratura exposta
Fatura da viatura
Que não atura pobre, preta, revoltada
Sem vergonha, sem justiça
Tem medo de nós?
Não suporto a ameaça
Dessa raça que pra sua desgraça
A gente acende, aponta
Mata a cobra, arranca o pau
Tem fogo no rabo
Passa, faz fumaça
Faça chuca ou faça sol
[Verso 2: Linn da Quebrada]
É uó o ócio do comício
Em ofício que policia o comércio de lucros
E loucos que aos poucos arrancam o couro dos outros
Mais pretos que louros
Os mouros
Morenos, mulatos, pardos de papel passado
Presente futuro-mais-que perfeito em cima do muro
Embaixo de murro, no morro, na marra

[Saída: Linn da Quebrada]
Quem morre sou eu
(Ou sou eu quem mata?)
Quem mata, quem multa, quem mata sou eu
(Ou sou eu quem mata?)
Quem mata, quem multa, quem mata sou eu
(Ou sou eu quem mata?)

[Harmonização: Liniker]