Kant
Cypher BDA
[Letra de "Cypher BDA" com Bob 13, Leozin, Refel, Alvarenga, Thiago MC, Cesar MC & Kant]

[Intro: Bob 13]
Ha, salve, salve cambada
Cypher BDA, porra
É Bob 13, e aê
Ah, contar uma história aí pra vocês
Como tudo começou

[Verso 1: Bob 13]
Saí de casa, buscando mesmo sonho de menino
Construir uma vida plena, ser dono do meu destino
Já passado os 25, mal podia imaginar
Que com menos de um ano meu mundo podia virar
Casei com a mina mais bela, que respeita e apoia meu rap
Invadi Barueri, e no estado mais pileque
Caipira é tiro na queda, representa a Batalha da Oeste
No primeiro dia da Aldeia não tinha nem oito moleque'
Lembro bem naquela praça, 'tava eu, o mano Giovanni
Nós queria fazer rima e o resto que se dane
Toda terça 'tava lá, tio Bob pegando nome
Lucão fez o canal quando nem tinha microfone
Brasil inteiro tá conectado nessa porra
BDA de corpo e alma e os "óio" gordo que se foda
Trampando sempre certin', então não tumultua
Se não tem oportunidade vai lá e cria a sua
[Verso 2: Leozin]
Eles querem que eu mude, mas próprios não mudam
Pessoas que fala' merda deviam nascer mudas
Críticas e invejas do tamanho de uma árvore
Esforço e dedicação do tamanho de uma muda
Criticar a Aldeia é muito fácil, né rapa'
Aldeia tem cacique e se pá até pajé
Mano que fala muito eu mando pra Jeová
É fácil falar demais só usando seu celular
A moda é fazer Dab, mas esquecem do Lóide
Quer da soco dá, só não vai quebrar o seu Android
Se quiser me cobrar disca 90-90
Quer Cypher da Aldeia? Disca César-César
'Cês num entende, então vou explicando
Após o sinal diga meu nome e o rap que tá escutando

[Verso 3: César]
Então let's go
É em fé que tô, me infectou
Segue pô, pelos 'leque' vou
Entre as track, Jow
Só por cheque? No
É o rec e o flow, alicerce é "how"
O jogo quer te ver cair
Entre e mete gol
Onde quer que vou
Brilho igual estrela, frente à Lua
E continuo mais um mano nas roda' de rua
Eu na minha, você na sua, essa é a lei, maus
Não é príncipe das trevas, é imperador do caos
[Verso 4: Refel]
Passei em frente a um hospital ouvindo Crossroad do Bone
E na trilha sonora do fone, mó cena triste
Uns desesperado' e outros noticiado
Eu olhando aquilo de lado e quase me vendo no clipe
Quem anda, na verdade, não tropeça
Tá designado a fazer e não vive só de promessa
Eles querem a linha de chegada
Mas quando toca o toque da largada esquecem onde começa
Antes era hóstia, catequese e comunhão
Menor ajeitava a mão memo não sendo tão crente
Hoje se faz o mesmo gesto (Né)
Mas pra pegar e ajeitar uns produto diferente
Quer andar com quem tá em cima
A rua ensina e te mostra o que é disciplina
Pra aprender que carona não é evolução
Porque respeito é desde menor
Porque Judas andava com o melhor e mesmo assim foi ramelão
Autoconfiança aprimorada dentro da maldade
Seu limite começa quando se prende a liberdade
E eu temendo a tragédia aqui também
E eu peço paz em nome dos pais e dos filhos de Espírito Santo
Amém

[Verso 5: Alvarenga]
Suporte? Tive apenas nas rimas
Logo criticaram e me mandaram embora
Fui em busca do sonho em meio a adrenalina
Descobri que a selva era mais extensa do lado de fora
(Eu) Assassino a sangue frio como serial killer
Deixando marcas no filme como o Serial Thriller
Suas falsas histórias no rap são serial filler
Acharam que 'tava no topo, então me chamam de Führer
Foi aqui que eu cresci e deixei de ser moleque
Treinamento e confiança sempre me levaram além
Duvidaram, ensinei até o capeta a fazer rap
E descobri que deficiente é diferente de ninguém
Se até João entendeu que vice é campeão
Pra que continuar essa discussão em vão?
Sejamos racionais, papo de sujeito homem
E quem tem boca fala o que quer na batalha pra ter nome
Eu já abaixei a cabeça e já fiquei triste
E vi que a verdadeira fé sobe, a angústia persiste
Eu já fui piloto de rima e já mandei as mais locas
Sumi uma semana e voltei calando a sua boca
[Verso 6: Thiago MC]
Metas de um futuro próximo
E meu negócio, juro
É me afastar do ódio e me manter puro
Não saturo, curo, só se houve dano
Ouve, mano, soube o ramo do rap, dei rec e me coube, vamo'
Segue o plano em prontidão, sem contusão
Tontos são quem não paga minha condução e quer julgar minha condição
Com a visão errada, quantos são?
Que nas festas vem seco e no aperto nem aperta minha mão
Fecho o cerco, segue a meta, sem seta, só versa o avesso
Prazer, eu sou o Thiago e esse aqui é só o começo

[Ponte: Kant]
Oh, Kant MC, Doctor Chiocki
Pare de chiar e operá-lo
E eu não vou perdoar ninguém

[Verso 7: Kant]
Traga meu corote e cale-se
Mostre-me tua face
Foda-se o teu Face', sabe?
Minhas rimas são escolas públicas, muita classe
Sou recepcionista dessa droga de verso
Então senhores viciados, me acompanhe
Eu ando abandonando filhos da puta, sou igual minha mamãe
E quando eu não tô sóbrio, vem meu lado sombrio
Teu olho só abriu quando enfiei faca na tua pupila
Tua verdade mentiu, teu ego admitiu
Escalou o A, tio?
Fez rap só pra se tornar popular
E eu me fodi, porque eu amei
Agora não vou mais me calar
Ei gata, venha cá
Eu curto Baco Exu do Blues e você também
Então, meu bem, vamo se foder para lá
Sim, sou magrelo, só o pó, mas não sou B.O
Melhor mal acompanhado do que só
Não está comigo pelos meus raps
Ah, garota, que peito horroroso
Sei que tu tem o poder de mentir, só que
I am Superman-tiroso
E esse é o resumo, eu sumo, assumo e fumo meus B.O
Eles dizem: "Slim Shady, Slim cheire"
Mas eu não curto pó
E esse é o resumo, eu sumo, assumo e fumo meus B.O
Eles dizem: "Slim Shady, Slim cheire"
Mas eu não curto pó

[Saída: Kant]
E esse é o resumo, eu sumo, assumo e fumo meus B.O
Eles dizem: "Slim Shady, Slim cheire"
Mas eu não curto pó