Ximbra
Quilombo dos Palmares
Só de ter, só de ter, só de ter
A pele clara
Eu me livro do braço do poder
O braço mais sujo
Braço mais sujo e perverso
As costas ainda estão expostas ao Sol
A chibata corta o vento e avisa todos do sofrimento
Escravidão persiste na repressão policial
E bem na sua casa
O que eu quero dizer com isso tudo
É que eu estou puto
Com toda essa galera reaça e sem idéia
Tanto egoísmo, tanto egoísmo
Isso é egoísmo, isso é egoísmo
Ainda bem que eu tenho amigxs
E elxs estão comigo
Que acha que na vida pra viver, pra vencer
A gente não tem que fudê os outros pra vencer
Não é minha revolução se eu não posso fumar um
Não é minha revolução se eu não posso dar o cu
Não é minha revolução se eu prego machismo
Não é minha revolução se eu nego racismo
Enquanto isso somos da capital que mais mata jovens negros
Muita gente não sabe a diferença entre escravidão e emprego
E aqui é a terra do Quilombo dos Palmares
E aqui é terra do Quilombo dos Palmares
Bem vindo a terra do Quilombo dos Palmares
Bem vindo a terra do Quilombo dos Palmares
Não é minha revolução se eu não posso fumar um
Não é minha revolução se eu não posso dar o cu
Não é minha revolução se eu prego machismo
Não é minha revolução se eu nego racismo
Não, não é não, não é não, não é minha revolução
Não é não, não é não, não é minha revolução
Não é não, não é não, não é minha revolução
Não é não, não é não, não é minha revolução