DUDA BEAT
A graça
[Verso 1: IZENZÊÊ]
Afeto, abraço
Encontro, um laço
Sim, porque o nó amarra
E o laço é desfeito
De acordo com a graça
Carinho, saudade
Apego, vaidade
Trouxemos nossas cores dentro dessa hora
Se houve mágoas, dores
Deixe-as ir embora

[Refrão: Duda Beat]
O amor não acabou

[Verso 2: IZENZÊÊ]
Como e Sita e Rama, amando a gente se ama
Como Raí e Babalu, dançando Sweetest Taboo
Como Frida e Diego, pondera sobre o apego
Eurídice e Orfeu, esmigalha esse “meu”
Rosinha e Chico Bento, a casa e o sustento
Tipo Sartre e Beauvoir pelo filosofar
Como Chico e Marieta nos 70 sem treta
John e Yoko, cantando até ficar rouco
Tarzan e Jane, e que o resto se dane
Como Homer e a Marge, na vibe extra large
A Ceci e o Peri, na mata adentro a subir
Como a Madonna e o Basquiat, na arte do amar
[Refrão: Duda Beat]
O amor não acabou

[Verso 3: Duda Beat]
Meia cebola roxa, azeite, um limão inteiro
Dois likes de Instagram e um texto do Meijueiro
Três pingos na minha coxa, dez músicas de Caetano
Mergulho de manhã e lembranças daquele ano

E choro e rio
E volto e penso
Se ele não ligar
Eu me amo nessa cozinha
Curtindo o cozinhar
E o fato de ser só minha

[Verso 4: IZENZÊÊ]
Por outro ponto de vista, outra manhã vem nascendo
Nós somos duas crianças, ainda errando e aprendendo
Um dueto pra história, a florada do Ipê
Um casal que casava, éramos eu e você

Mas o amor tem mistérios que vão além da paixão
Já disseram poetas, e digo ao meu coração
Morre e nasce trigo, vive e morre pão
Muito mais que lindas, coisas findas ficarão
[Saída: Duda Beat]
O amor não acabou
Se transformou
Em outro amor