Makalister
Gengivas
(Beli Remour)
Eu já tava de plantão
Uns uivando para mim
No olho do furacão
Feito pedra eu não tremi
Eu não paro, sempre me levanto
Quando subo levo o meu bando
Pelas sombras eu ando, cê nem vai me ver
Quase um vulto

(Makalister)
Estralei na pia
Cozy no apetite
Faz aí de cima, por terra seus manos persistem
Marginais
Guerrilha
As ruas mostram suas gengivas
Abandono, orla suja, mar morto
Em carne viva, roxo, violeta
Parecendo um prisma o gelo nessa codeína, o coração desse menino
No tapete vermelho bati as cinzas, pisei com o tênis Puma preto
Meus ídolos: meus joelhos
Flexionam, suportam o peso, me jogam longe
Corre quente
Mesmo sendo frozen não derrete o bonde
Saudade, dor, labuta audaciosa, força bruta
Ela disse que era bruxa, vamo vê dessa mistura!
Quando vi o mar se abrir
Seres olhando pra mim
Tubarões, redemoinhos
Tempestade, abismo
Arrombou a porta e me jogou pra fora, me tornou assim
Fiz a nova
Estralou no fogão e fez "trrrim"
Pensei que era alguém ligando pra mim
O som do crystal é assim
Ossada que retorna à vida
Emergiu
Parecia presságio quando vi estampado no escombro o "Syne"
O rio que corta minha vida não para de afluir
Jovem de guerrilha, larga essa na pia
Despacha lá pra família
O príncipe
Diamante extravagante
(Beli Remour)
Eu já tava de plantão
Uns uivando para mim
No olho do furacão
Feito pedra eu não tremi
Eu não paro, sempre me levando
Quando subo levo o meu bando
Pelas sobras eu ando, cê nem vai me ver
Quase um vulto