Lauana Prado
Canarinho Prisioneiro / Mercedita (Ao Vivo)
Chama no modão
Que aqui nois não é nutela não
Aqui nois é raiz, rapaiz
Chama
Palma da mão, vai

Sou aquele canarinho que cantou em seu terreiro
Em frente sua janela eu cantava o dia inteiro
Depois fui pra uma gaiola e me fizeram prisioneiro
Me levaram pra cidade
Me trocaram por dinheiro

Um dia de tardezinha veio a filha do patrão
Me viu naquela tristeza e comoveu o seu coração
Abriu a porta da grade me tirando da prisão
Vá-se embora canarinho
Vá cantar no seu sertão

Hoje estou aqui de volta desde as alta madrugadas
Anunciando o entardecer e o romper da alvorada
Sobrevoando a floresta e alegrando minha amada
Bem feliz por ter voltado, pra minha velha morada


Ai, ai, ai
Recordo com saudades
Teus encantos Mercedita
Perfumada flor bonita
Me lembro que uma vez
A conheci num campo
Muito longe numa tarde
Hoje só ficou saudade
Esse amor que se desfez

Assim nasceu
Nosso querer
Com ilusão
Com muita fé
Mas eu não sei
Porque essa flor deixou-me dor e solidão

Ela se foi
Com outro amor
Assim me fez compreender
O que é querer
O que é sofrer
Porque lhe dei seu coração

Chora que essa é campeira de mais
Chama 'Goiásão', Tocantins véi'
Ai que saudade
E assim nasceu
Nosso querer
Com ilusão
Com muita fé
Mas eu não sei o que essa flor deixou-me dor e solidão
Ela se foi com outro amor

E assim me fez compreender
O que é querer
O que é sofrer
Porque lhe dei
Meu coração