Vitor Marques Cardoso de Martinelli
O Déspota
O déspota não diz, afirma.
O déspota nunca se engana
Está sempre na hora, mesmo atrasado.
Ele diz que não tem coração
Porém, aí, se engana (mesmo).
Se esconde em seu ego e alter ego
Só para não mostrar imperfeição.
Imperfeição essa que
Guarda no fundo do coração.
Faz da ignorância e desdém
Amigos fiéis e efusivos,
Para que seu suntuoso eu
Não pretira a sí mesmo.
E lá vem o déspota,
Não muda mesmo!