Atentado Napalm
Templo de Shaolin
[VERSO 1: Buneco Emc]
Sistema é bruto e o líquido mal da pro terno
Trago boas intenções pra encher mais o inferno
Não celebro com champanhe, mas me acompanhe
Essa é pra cada noite mal dormida da minha mãe
Os barulho de madrugada, cuspindo rima e levada
E ela, no outro quarto fingindo não ouvir nada
Vim honrar a dor do parto, suor da parteira
Por isso, fui bater ponto ao invés de bater carteira
Pra não ir pro juizado, tive que ter mais juízo
Quer tá no lucro mais só corre atrás do prejuízo
Nem vem tirar, nem teve sorvete e leite NAN
Me tornei Napalm, sobrevivente do Vietnã
Porque a vida não é moleza como o som doce da harpa
Eu fui contra a correnteza como se fosse uma carpa
Tem fogo na madeira e também tem que arrancar farpa
Meu tatuador é o tempo que vai me deixando as marca
[REFRÃO]
Entre a fé e a razão verá que não está longe assim
Agora estenda sua mão, eu luto por você e por mim
A nossa determinação está longe de chegar ao fim
Buscamos força no dragão, esse é o Templo de Shaolin
[VERSO 2: Gigante No Mic]
Sem marca da promessa eu teimo na lama é sério
Se o monarca não governa eu queimo seu monastério
Seu exemplo não é pra mim, nossa alma agora muda
Eu vim do Templo de Shaolin, minha palma vai ser de Buda
Quando a porta bater, vou acender a lanterna verde
Vou me fortalecer pra derrubar suas paredes
Muralhas não me param, insano não corro delas
Enquanto vocês escalam, mano, explodo elas
Os pela saco otário não entende a minha
Não enche o saco! Só quero encher o armário da cozinha
Sucesso é vaidade? Fodem seu desejo
Progresso de verdade é não ter ordem de despejo
Desempregado é cruel, é
Não tem pagado o aluguel, né?
Só um passado lembrado sem revolta
O mundo das suas volta eterno carrossel!
[VERSO 3: Eko]
Só aquecimento e o clima vira um forno
Queremos grana fí quem tá no palco quer retorno
Orgulho pros amigo, orgulho pros parente
Eu tô pra fazer render igual água nos detergente
Fechado com a favela, trampando no asfalto
Tipo o pai do Buneco eu tomo a cena de assalto
Cantando pra subir, pois só miséria não dá mais
Vi o fundo do poço e eu nem sou da Petrobrás
Eles gemem de prazer, com a nossa dor que goza
Somos Panteras Negras, eles são cor de rosa
O seu conto de terror pode acabar em um romance
Restart é um grupo ruim, mas também é segunda chance. Óh!
Já fui zuado igual o Naldo, mas sem a grana do saldo
Não um rei, só um Zé e sem o sobrenome Aldo
Pra ser livre igual aos cínicos, nois trampamos em prol
Quer fazer algo por mim? Saia da frente do meu sol