Emicida
Ô, Sorte!
[Emicida]
Simples tipo um traço de giz, querida
Lupiciniana, é joia perdida
Sabe, soberana a passear
Ensinamento, engano, fundamento, folha no ar
Resto de dor, amor da minha vida
Minha trajetória, meu labor, minha lida
Agora, ei Bebete vambora que
Fiz uma rima aí
Pra quele moço do samba tropi
Sério, honra, velha guarda do Império
Honra, tentação pra matar o mistério
Pois tava faltando você no dia
Pra por a poesia nos braços do amanhecer
Pra gente fazer mais um samba sozinho
Tipo grande hotel, sei lá
Taça de vinho na cena
Dançar tipo bisavô Madalena
Jão, que aliás, seria nosso anfitrião

Não! Avisa geral que compôs
Mestre Marçal mandou dizer
Que o dia que o morro descer e não for carnaval
Ninguém vai querer ver o desfile final
Olha, felicidade de povo que só rebola
Azzveizz é de um passarinho de gaiola
Partindo do tempo, do algoz, o feitor
Hoje corrupção sob panos de baixo de um cobertor
Mas o orgulho brasileiro fez um samba pra Ciro Monteiro
E eu fiz um rap pra ti
Sem assédio, só reverência
Meu bom, és referência
Certeza o samba é seu dom
Lembrou moeda, reza e cor, tá ligado?
Obrigado seu Wilson por fazer seu som sagrado
Moeda, reza e cor, tá lembrado?
Então, obrigado seu Wilson por fazer seu som sagrado
Obrigado seu Wilson por fazer seu som...
Obrigado seu Wilson, valeu meu bom
Obrigado seu Wilson por mostrar seu dom
Obrigado seu Wil-son

Ô que firmeza, ô que firmeza
Xo fala, na bateria
Com ele não há quem possa
Ô sorte, a sorte é toda nossa

[Wilson]
Obrigado Emicida, ô sorte!