Emicida
Volúpia
[Verso 1]
Gosto de cheirar teu cabelo
Enquanto minha mão passeia com zelo
Pelo corpo um calor febril
Vontade de rasgar a roupa à mil
Temperatura máxima no meio da sessão da tarde
Instinto, prática, sem fazer alarde
Ser teu rei no edredom, dar play no som
"Diminui a luz", tá bom
Fascinante como Sumatra
Velocidade que a gente vai de Djavan à Mr. Catra
E depois? ãh, ãh, ãh, ãh
Mais uma, eu viro fã
Tua perna treme, se enrosca à minha
Respira ofegante e a voz baixinha
Tua cabeça roda, doida, sabe? zum, zum, zum
Dedos se entrelaçam, corpos viram um

[Verso 2]
Ai, meu Santo Espedito
Olhares dizem tudo, quando nada precisava ser dito
Um gemido no ouvido, um beijo no umbigo
Indo mais além? segredo, num digo
Vem se achar no meus abraço
Brindar com arranhão, aqueles apertão de rancar pedaço
Problema é solidão? posso ficar até cedo
Findar teu medo, usar meus dedo
E eu amo quando você dá
Um motivo preu ficar mais
Prende pelo toque, gosto, pelo cheiro
Minha vontade é te entregar dias inteiros
Intensos pra memória
Notar que faço amor como quem faz história
Na cama, no sofá, no muro, qualquer lugar
No chão, terreno baldio, quarto vazio, aí, aqui