[Intro]
Tá bom que eu não ia meter essa aqui, viu, papai
Essa é pela minha vó
Que em 80 anos, veio aqui a primeira vez

[Refrão]
O zé povinho só pode falar
Mas o mundo todo pode ver
Onde estiver, onde pisar
Nóiz sempre vai ser gueto

O zé povinho só pode falar
Mas o mundo todo pode ver
Onde estiver, onde pisar
Nóiz sempre vai ser gueto

[Verso 1]
À pampa de tanta fofoca
Tamo na rua, dando um salve, é tipo Adoniran (Saudosa maloca)
Canta a vida e conta as notas, zica, brilha e foca
Espanta os filha da -, as intrigas desses pipoca
Se arruma, sorri e acostuma
Ganha grana só pra mostrar que grana não é porra nenhuma
É pela arte, não pelos prêmios
Pisa na high society, faz sua parte bem, vem
Na palma da mão, é na palma da mão
Nóiz quer carrão e mansão, né? Por que não?
Tá bem patrão de avião, hein? Por que não?
Quer opção, quer salmão, né? Por que não?
Ser feliz, carai', diz aí, por que não?
Se no choro foi nóiz também, por Deus, amém, fase
Hoje é esfriando a cabeça, aquecendo as nave
De mente fértil, a mil, tipo um projétil, é, tio
Mete o loco, que estouro pra nóiz é pouco
E as gola polo de listra, sinistra
As lupa preta, vrá! E os cordão à vista
Vim deixar claro que sou escuro
Tesouro raro num jogo duro
Mas tô em campo, canto pro meu santo
E os verme treme mais que com o tecnobrega da Gaby Amarantos
Orgulho preto, sorriso afronta
Nóiz num é melhor nem pior e nem da sua conta
[Refrão]
O zé povinho só pode falar
Mas o mundo todo pode ver
Onde estiver, onde pisar
Nóiz sempre vai ser gueto

O zé povinho só pode falar
Mas o mundo todo pode ver
Onde estiver, onde pisar
Nóiz sempre vai ser gueto

[Ponte]
No baixo, senhoras e senhores, Júlio Fejuca

[Saída]
Gueto
Gueto
Gueto
Gueto
Gueto
Gueto