[Verso 1]
Marcão chegou, por favor, não interrompa minha fala
Sessão terror, então tire as crianças da sala
E não dá pala, porque aqui o neguin não se cala
Bem vindo à selva. Aqui, vacilão vai pra vala
Meu bonde tá na rua e enfia o pé na porta
Deixando o dedo médio reto pra quem fizer cara torta
Onde a calçada é a rota, sangue jorra da veia aorta
O crack mata quem já tá com a esperança morta
Prato na mesa, predador e presa
Pra mim não é surpresa, o ataque é minha defesa
Progredir é ciência, vitória é consequência
Onde a competição maior é pela sobrevivência
[Refrão]
Seja bem-vindo
Seja bem-vindo
Seja bem-vindo
Seja bem-vindo
[Verso 2]
Tem vários aí na pista que só te atrasa e só seca
Tem vários que fecha a mente, só pra ver perna aberta
Tem quem se diz rimador, mas não sabe o que é biblioteca
Então melhor controlar o seu ego com a dose certa
Criei meu fundo de quintal, tipo Almir Guineto
Mestre do magnetismo, me chame de Magneto
Mestre das obras ideais, sou eu, o arquiteto:
Os pés no chão, mas meu limite já tá acima do teto
Experimenta perder quem 'cê ama sem tá por perto
Fazendo tudo errado e achando que tá certo
Escolhendo um caminho onde o destino é incerto
Levando porrada da vida, só pra ficar esperto
Sem tempo pra perder tempo com falso altruísmo
Dar valor pra si mesmo não é egoísmo
Sem perder tempo com a falta de profissionalismo
Tô indo pro topo, pra tirar o rap da beira do abismo