[Verso 1]
Sonhos quase impossíveis e mísseis terrestres
E bombas nucleares destruindo a cidade
Se tornam, agora, incríveis cenas em via satélite
Mostrando a violência na nossa realidade
Pois, anticristos, vejam isso: iludindo o povo fiel
A esperança em Deus levará para o céu
O dinheiro ditando a regra do jogo de todos esses animais
Chamados de "humanidade"
Que são os deuses e demônios dessa falsa verdade
Mas, de repente, temos sorte de sentir o cheiro da morte
Seja doente, pela mão da polícia ou por um tiro perdido
Eu ando esperto, esteja certo
Nesse tempo, eu não vacilo
Todo tipo de mal: estupro da ciência
Corrupção, alto escalão, sangue, violência
Pois mais ninguém vive em paz como você pensa
[Refrão 1]
Feliz aniversário, otário
Vivi nos anos noventa
[Verso 2]
A TV dizendo pra você como deve ser, como se vestir
Andar, comprar e o que comer
Cabeças fechadas, trancadas pelo sistema
Não fazem ideia dessa era, desse nosso problema
Bum-bá! Massacre, chacina
Bum-bá! Carnificina
Bum-bá! Onde é sujo e imune
Onde todos os seus crimes são impunes
Crianças doentes com o mal que já foram, afinal
Milhares e milhares largados, nas ruas e nos bares
E, em casa, pais escondem os seus filhos
E o mundo caminha fora dos trilhos
E ninguém pode parar esse trem
Eu pergunto a BNegão e D2: a culpa é de quem?
[Refrão 2]
É bem pior do que você pensa
Feliz aniversário, otário
Vivi nos anos noventa
É bem pior do que você pensa
Feliz aniversário, otário
É bem pior do que você pensa
Feliz aniversário, otário
Vivi nos anos noventa
É bem pior do que você pensa
É bem pior do que você pensa
Feliz aniversário, otário
Vivi nos anos noventa
É bem pior do que você pensa
Feliz aniversário, otário
É bem pior do que você pensa
Feliz aniversário, otário
Vivi nos anos noventa
É bem pior do que você pensa, pensa, pensa