[Intro]
Aí, ladrão, nunca discriminei, morô?
Jogo de futebol, basquetebol, vôlei, vôlei de praia, natação
Mas aí a favela nunca teve isso, não tem nem incentivo
[Verso 1]
Meligeni, Guga, vai, represente a gente
O jogo é pesado, o adversário joga sério, entende?
Zona sul vive com fome, frio e honra, desanda
Peça antes que eu caia se desembaça
A vida faz com que eu possa dominar aqui
Quem reza? Quem não vai em paz?
Eu puxo um beck e corro atrás
Mano, eu vou vivendo sobre a dor
Gladiador, não vou politicar
Eu vou chegar tipo um trator
No naipe de um loco desfila, botar terror
É moda, meu som tocou, endoida
Se o crime vem de mucha sempre assim
Não cabe a mim honrar meu Brooklin
Por onde eu vá, tem sempre um mano por mim
Canão adora ver na contramão Oplês
O estopim virou complô, será que se ligou?
Nego véi nasce guerreiro, é 100% preto
Presenciou, não morram por mim, tolice
Depois alguém faz nome com seu nome, envolve, cientes?
Fuja aqui, por que será?
Se houvesse um bom no crime, adivinha onde não iriam me encontrar?
Jamais paguei pra vacilar, quer arriscar?
Se errar, o esqueleto te cata
Comigo não, truta, minha meta é uma só
E quem dá meta é Oxalá
Ah, Juari, vamos pular
Porque se o homem errar, chicote aqui pode estralar
Zé povin os zóio engorda
Depois que a casa cair, irei querer te ver na roça
Canão ou Borél, vacilou, foi céu
Conquistou divã a qualquer hora da manhã
Tem parceiros que é o sim, parente e daí?
Das ruas nos tirou de Zé resalve
Sabotis, justiça faz o homem
Meu pit stop é onde existe além, nem me envolve
O estopim virou complô, será que se ligou?
Nego véi nasce guerreiro, é preto
É óbvio que aqui as estatísticas nos diz
Na miguelagem ou então, já sabe, só no sapatinho
Jamais irei dar a mim, eu sempre penso assim
Quem não pode errar sou eu
Que se foda o zé povinho
Intensidade na espraiada, o crime importa
Falsas ambições e as biatches em sua volta
Na humildade posso até conseguir
Alívio em mente, Oxalá me guia sempre
Permanentemente tem Oxossi, tem mente
Zé povin tem olho ardente
Me lembra o Naldinho, o irmão do louco antes de ir nessa
Conheceu a cola, o brisolado, pó, parou na pedra
Foi tipo essas, não teve brecha
No São Luiz foi encontrado alvejado por várias brechas
Eu percebi, depois, que o tira à tomba ao lado jaz
A morte do Eduardo provedor do louco a paz
Espécie em extinção: branco com sangue de preto
São Dimas, ladrão bom, rouba e ajuda os parceiros
Desconfiado, entocado na favela, eu vejo agora
O cata desempenho é só comendo
Isso ele me dizia o tempo inteiro
BO no pente, saudade invade a mente
O locutor na mente sempre dizia
Esse cata dava um bréckmente
Agora o campo é bom que tem mais gente que isso
Aqui do Canão só tem o louco e obscuro da vixe
Campo de quebrada fora tá Estácio
Chácara alugada, outra função o esperava
Algo saiu errado, o louco me deixou um recado:
"Alô, Maurin, tá embaçado
Tá atirando em quem chegado?
Tudo aqui saiu errado"
Nessa orquestra, o maestro aqui não presta sem teclado
Vou desligar, tô chegando no pedágio
Tô com uma picape, uma nove