Rincon Sapiência
Neguin Di Kebra
[Intro]
Salve!
Rincon Sapiência mais um vês pra vocês
E o meu vulgo é Manicongo, certo?
Audácia, é o rap da Zona Leste, mais um som, mais um rap
Ainda não é o meu trampo novo, certo?
É só Akecimento

[Verso 1]
Partindo da caneta meu sangue
A folha rabiscada igual corpo da Syang
Jogue um palavrão, levante o dedo do meio
Quatro dedo na mão, efeito bumerangue
Um som sem alma dissolve que nem Tang
A grana que chama deitada no mangue
Seja um caranguejo ou um beijo
Sem bobeira eu bolo o meu bang
Oh-oh uau! Saca o meu flow
Faço mais flow que a Volks faz Gol
Um verso na veia quem escuta faz: Wow!
Moleque zica, isso mesmo que eu sou
Antes da letra L meu truta te dou o Z
Depois da Letra R é te dou o P
É o rap da ZL carai, fazer o que?
Música preta chapando igual saquê

[Refrão]
Invadem terras, falam de monte
Até parece que eu comecei ontem
E eles querem saber qual é a fonte
Neguin di kebra, hey! Neguin de kebra, hey!
(2X)

[Verso 2]
Meus pais não tava de chapéu
Rango nunca faltou, nem caneta e papel
As palavras se encaixam igual corpos no motel
Minha mente criativa é como um bordel
Feche os olhos meu rei e dê o play
É como ler um folheto de cordel
Sigo sem apelo, rap sem gelo
Quente como óleo que frita os pastel
Música é minha goma, não to de temporada
Pra muitos é motel, pra muitos é pousada
COHAB sou prédio, taco terror no baile
Um oriente médio, festa bombada
Dinheiro limpo, verbo sujo que nem lodo
Se eu der ouvido a todos eu sei que eu me fodo
Saliva corrosiva, um dragão de komodo
Ah, que nem gari, limpando e passando o rodo

[Refrão]


[Ponte]
Mas eu nasci no gueto, mas eu nasci no gueto
Mas eu nasci no gueto, mas eu nasci pro mundo
Olha meu bonde, olha meu bonde
É Manicongo que vem pisano fundo
(2)

[Refrão]