[Verso: Matéria Prima]
Tento não ficar chulo quando fulo
Perambulo nulo dentro do casulo
O processo é lento, como um caramujo sonolento
O sentimento cujo expresso
Demonstra que não adulo o tormento
Então pulo de galho em galho
Tentando achar como realizar meu intento
A perspectiva se desfaz na corrente do vento
Sento e reflito sem coerência sobre o conflito da existência
Resistência da insistência, até onde aguento
Uso música como um guento para a cura da minha essência
Que perante o juízo final pede clemência
Querendo entrar no céu de credencial
E descobrir cada arquivo confidencial
Sobre o que é essencial
Pra que se tiver que viver de novo
Ter uma vida plena, e não vale a pena ver de novo
Vendo se repetir cada cena
Sinto que meu futuro vai ficando pra trás
E de presente em presente, crio um novo passado
Onde penso: se tivesse sido mais sagaz
Sem gastar tanto o espírito com o que ele não leva
Mas sim com o que ele eleva e a verdade revela