Num quero palpites, não aturo chiliques, sei muito bem o que eu faço
Sempre me vejo sozinho, imagino a viagem no imenso espaço
Encaixando o que penso nesse compasso, é poesia de aço
Lucidez cada vez mais escassa, mas ainda piloto meus passos
Chegando de bicho, escrevendo meus pensamentos mais podre que lixo
Diz nada com porra nenhuma e pega no mic só por capricho
Além do início, falar é fácil, fazer o que eu faço é difícil
Cuzudo que só fala merda quero que enfie a língua no orifício
E num é pretensão, que eu to ligado que fazer metade só num é bom!
Vim pesadão, vários parelhas que tão na minha contenção
Presta atenção, não subestime um sujeito com a mente em ascensão
O esquema é esse, então vê se não enrola, te ligo assim que acabar a sessão
Fora dos moldes, instinto questiona, canto pra acordar os que tão em coma
Esse é meu tempo, não sirvo de exemplo, sou um viajante flutuo no vento
O meu som eu invento, se vingar não é sorte. é talento
Ansioso demais, porque prefiro quando tá tudo mais lento
Refrão
Hoje é raro quem pensa, a situação tá tensa
Praticam o bem, almejando recompensa
Os que querem minha queda, devolvo na moeda
Diz que é amigo, e cadê quando eu tava na merda?
Verso 2
Além de mais um louco, com meio milhão de distúrbio
As coisas não são tão fáceis, pra quem vem do subúrbio
Aqui na oeste, o tempo todo a a vida tá em teste
Onde o caráter tá enrustido na roupa q veste
Alheio a isso, é foda viver de sodomia não rola
Me sinto um coleiro preso dentro da gaiola
Paguei o preço por todas as minhas escolhas
Por não guentar mais viver enclausurado numa bolha
Guardei na encolha, várias folha de caderno
Registros dos meus incontáveis conflitos internos
Paraíso ou inferno? não quero nenhum dos dois
Rebelde que tem a causa, não aceita o que lhe impôs
Hoje eu tô mais tranquilo, sofro, mas eu não imploro
Multipliquei por sorrisos as lagrima que eu choro
Sejamos os pilotos das nossas cabeças
Exercendo o poder de pensar... que a paz se estabeleça...