[Refrão]
Eu tenho uma menina que, meu Deus
Nem sei das mãos
Quando mergulho as minhas mãos nos seus cabelos
Os novelos que se estendem no meu peito
Quando me deito e assim se deita sobre mim
[Verso 1]
Pintando um quadro feito de cabelos
E de pele em tons de mel e de negrura
Como a noite muito escura
Dos seus olhos, dos meus olhos
E dos olhos de quem ama...
Quando, aos olhos, vem o jeito mais sincero
De dizer o quanto...
[Ponte]
Quero as mãos, o rosto e a voz amena
Que é tão pequena, tão pequenina
Tem um jeito de menina
Tão menina que me cabe num abraço
Como que sinto no meu pensamento audaz
Quando a hora das trindades se desfaz
[Verso 2]
Quem chama pelo meu nome quando a chama
Do ciúme ou do amor que a vida traga
De passagem e viva sempre, sempre à margem
Do meu coração de inverno
Sendo eterno...
Este chover
Que me domina...
[Refrão]
Eu tenho uma menina que, meu Deus
Nem sei das mãos
Quando mergulho as minhas mãos nos seus cabelos
Os novelos que se estendem no meu peito
Quando me deito e assim se deita sobre mim
[Outro]
Eu tenho uma menina...