[Verso 1]
Desce, que decresce a minha luz
E a cinza eleva os tons de cinza
Desce, que me entristece e que reduz
O ressurgir breve e sem luz
Da alma insana e desanima
[Refrão]
Não, não há razão p'ra este descrer
Ser o próprio chão onde morrer
Finjo ser o cerco e me restrinjo à minha sombra
Não sou eu a voz que em mim me assombra
[Verso 2]
Desce, que me acresce o teu pesar
Não sei estar senão perdido
Desce porque desce o peso firme
E mesmo ausente não reviro
O fim do fio a aproximar
[Refrão]
Não, não há razão p’ra este descrer
Ser o próprio chão onde morrer
Finjo ser o cerco e me restrinjo à minha sombra
Não, não sou eu a voz que em mim me assombra!
[Outro]
Finjo ser o cerco e me restrinjo à minha sombra
Não sou eu a voz que em mim me assombra!
Desce, que decresce a minha luz