Projota
Ordem e Desordem
[Verso 1]
Acabou a luz, meninos descem gritando
Comemorando algo que esteja mudando
Computadores, prendem, televisores, prendem
Velhos valores hoje, esses homens não aprendem
Essas são nossas crises internas
Os homens caminham, mas não mais com suas próprias pernas
Eternas disputas entre o bem e o mal
Por bem, por mal, dane-se quem é mais real
Força predomina entre egos inflados
A melanina determina o rei do reinado
Menina pela sina de não ser ridícula
A partir de agora não toma pílula
Eu vi aquilo lá, mas que vacilo lá
Ser jogador não quer dizer ser titular
Celular em mão de zé povinho, denunciar
Menina, agora quer ter dim, anunciar
Seu corpo tá a venda, as almas estão a venda
Meninos atiram em meninos sem usar venda
Mais do que dividir a renda
A gente tem que dividir o amor entre os pivetes sem merenda
Segue o relógio o Sol volta pela manhã
Ensinando trajetos no mundo desse bom vivãn, blusa de lã
Pro menino no frio sem amor
Pra quem não tem casa é preciso muito mais que um cobertor

[Refrão]
Lá de onde eu vim, eu vi
Ordem, desordem (2x)
(2X)

[Verso 1]
Eles ficam com a carne, a gente fica com a banha
A gente se desgasta, mas eles são quem ganha
Pra mim sempre foi uma coisa estranha
Eles ganharem um cargo e a gente a camiseta da campanha
Pregam evolução, plantam desunião
Assim os dias vem e as nossas chances vão
Se isso é ordem o que é desordem então?
Ficar calado é muito fácil né? Mas hoje não!
O giroflex se aproxima, brilha
Vai rapidex pra próxima trilha
Os muleques seguem sonhando com o mundo da bola
Ou com o dia que vai tombar aqui um dia um caminhão de Coca-Cola
A sola do pé do muleque engrossa, vai
Abençoado e protegido pelo Pai
Olhai por nós Senhor
Seus filhos pensam que são Deus
Agora só faltou fabricarem o amor