(Verso 1)
Sou um nictofóbico vagueando na escuridão
Quando a luz encadeia desvio-me da projecção
Banda sonora da vida eram pianos melódicos
Agora oiço tons graves assustadores e mórbidos
Doente e doentio só crente no que é sombrio
Candeeiro fundiu-se ganza congelou com o frio
Coisa preta tipo góticos o que penso é sórdido
É impuro o que é próprio para este mundo de ódio
Não liberto esta faceta nem para os mais próximos
Tenho receio da reacção prefiro dizer o lógico
E não tentar explicar coisa que nem eu percebo
Vou nesta onda mesmo certo que acaba num rochedo
Neurónios em conflito nao sei para que lado pendo
Ando a cambalear isto deve acabar num enterro
(mas eeeu) levo uma pá lá para o fundo
A discordar com quem me declarou um defunto
Diagnostico feito nao me parece certeiro
Que eu sinto-me morto mas sinto a batida no peito
Ponho play em baladas que deprimem este sujeito
E hoje são mais serões em que só á rasca me deito
(Refrão)
An em que só á rasca me deito
Comprimidos parece que já não fazem efeito
Contrario a sua acção num organismo meio desfeito
E hoje só á rasca me deito
(2x)