​zé menos
Mar morto
[Verso 1]
Quanto menos eu mais ar
Mais eu viverei
Se deixar de tentar viver
Vivo pelo que larguei
Aprendo a boiar ou fico
Agarrado ao pânico
De não saber nada, não saber fugir
Só saber viver no escuro
E tudo o que eu faço eu vejo
Morrer a ver tudo, eu sei
Ou aprendo a boiar
E largo a mania de ter a nitidez de quem vai morrer já
Ou vou morrer já
Por tudo o que pesa na vida e eu nunca consegui largar
Eu nem sequer sei nadar (Eu nem sequer sei nadar)
Aprendo a boiar então, aprendo a boiar então
Aprendo a boiar então, aprendo a boiar então

[Verso 2]
Ter a certeza que a dúvida está correcta
Ter a certeza que a dúvida está correcta
Eu estou no mar morto morto, no mar morto morto
Estou no mar morto a contar as folhas do Outono
Que soprou para arranjar espaço para se podar
Crescer do corte e não afogar o que é regado
Mudo de cor e vou boiar ao vosso lado
Que o fundo é tão estrelado mas só de cima
Confundo o céu nublado com a nossa vida
Que tudo é complicado eu já sabia
A minha cor só é diferente, eu assumi
A minha cor só é diferente, eu assumi
Crescer do corte e não afogar o que é regado
Crescer do corte e não afogar o que é regado
A minha cor só é diferente, eu assumi
A minha cor só é diferente, eu assumi