[Verso 1: Gali]
Eu queria saber
Eu fui me arrepender
Depois de ver a realidade além da margem rasa
Vendo vulto em casa, vaza...
Nego quer se envolver
Sem fazer por merecer
Arrastando o rolê
E se eu tiver que tomar uma atitude, vai ser...
Papo de exílio, quer puxar o gatilho?
Puxa, não passa vontade
Responsa que pesa
Tropeça, quebra a perna
Sem ninguém pra socorrer
É hoje que eu tenho que ser melhor que ontem!
Eu to arrumando a vida
E aprendendo a dar valor
Não é uma corrida
Pra mim não é um jogo é o jogador
Minha missão na Terra é compor
Tocar o terror
Pra ver se muda alguma bosta
Pátria amada escorrendo sangue, ódio
Só gringo no pódio
Dívida externa maltrata
Índia perdida no meio da mata
O homem se afasta da alma
Colecionador de frustração
Não quero saber de opinião que julga
Como se isso tudo fosse minha culpa
Nada a vida na palma da mão
É a hora, "vambora"
Não decora e degola
Nova escola
Ambição não é ganância
Ignora a ignorância
E assim eu sou mais um ser humano...
Eu rimo pra fazer os demônio calarem a boca
E o diabo me fala pra eu não confiar nas pessoas
[Verso 2: Ingles]
Ingles no pretérito perfeito
Cada mente um novo espelho
E me corrijo contra o tempo
Vê-la a 4 ventos
Minha sorte na mão do réu
Que pelo céu perdeu o firmamento
Travessa, concreto, cimento...
Tudo que globaliza rouba a brisa
Eu sei
A mente é um pavimento
Do que se sabe
Além da margem
É o que figura tua saída
E por ti até portei o céu
Quebrei hells
Do amargo ao doce em gotas de mel
O que predomina é a venda de papel
Promotor derrama a fábula
O real entorta o fel
Mil poses e sorrisos podres
Falsos elogios ao sentir amores
Na interação analisei os meus temores
E no quadro que pintei
Sublinhei as minhas cores, por você...
[Verso 3: Leal]
Vejo que é tarde pra voltar sem perder tempo (eu vou seguir)
Eu sei que eu vou viver cada segundo
E compensar o que eu perdi
Eu me comprometi com isso
Eu me comprometi
Fazer dessa vontade
Cem vezes maior que a de sumir
Como sair?
Se nem sei por onde caminhar
Por que fugir?
Se eu não sei o que encontrar
Porra, viva intensamente
Mas não morra sem saber
Que são cegos são só aqueles que não enxergam além do ver
2.0.1.7 é o progresso em meio a decadência
Da trama conduzida
Cercada de evidência
Pra cada cidadão sempre o motivo de existência
Sendo assim, nenhuma nação conquistou a independência
(A loucura é só parte da arte, que a mente é quem tem...
Isso prova que eu nem me conheço
As vezes o acaso é quem tem a hora certa...)
E eu não peço desculpas pra ninguém
Pela minha teimosia de tentar ser eu mesmo de novo
Mente vazia, espírito fede e sede
E pede mais um pouco
Mas a fé é e sempre foi escudo da esperança
O cérebro carregado é mais pesado na balança
Equilíbrio já desequilibrado
Louco é quem acha que vive
Mas sempre tá ocupado
Na face preocupado
Sem caminho extraviado
Cansado, imaturo e futuro premeditado
(Porra) Viva intensamente
Mas não morra sem saber
Sem psicológico
A vida é um zoológico
E viver já não existe
Cenário: Brasil triste
O cão tá no apetite
Estamos vendo muito enterro
Sem união, dinamites
Confronto sem limites
E o inimigo assiste você insistir no erro
[Refrão: Leal]
Dentro do peito um sentimento só
Vê o mundo inteiro ser alguém melhor...
Na TV vejo o fim dos tempos
Premeditações e pressentimentos
Uma voz tá gritando aqui dentro do peito
E eu tenho que por pra fora...
Colocam sonhos em um outdoor
Derramam sangue
Enquanto nós suor
Na polícia pra atirar no peito
Na televisão só piada com negro
Vejo meus irmãos se perdendo
Um momento, então
Eu não posso ir embora. (Não!)