[Verso 1: Zap-san]
Eles juram que estamos livres
Que a princesa branca era uma heroína com diretrizes
Que nos livrou do sufoco, dos troncos
Dos trancos, barrancos, do caos, da crise
Digna de fé, santa Isabel, livrou as correntes de nossos pés
A professora disse que se ela não agisse
Ninguém faria com que a escravatura se abolisse
Ignorando a luta de Zumbi
Menosprezando, assim, mortos, negros mutilados
Sozinho eu descobri que o castigo
Ía muito além de serem amarrados e chicoteados
Tortura imoral, pra cada desobediência até corte na genital
"Castiguem esse negro!
Só não machuque suas mãos e seus dedos, pra não perdermos um serviçal"
Pedras no caminho, tudo contra esses neguinho
Até a porra do "Pe..." era "...lourinho"
Vida em desalinho, dia a dia contando os mortos num lento extermínio
Å professora disse que só se teve um fim em 1888
Foi necessário, na aula de Matemática
Eu fazer as conta e ver que enfim, que pior, isso mal fez um centenário
[Refrão: Zap-san]
As chibatadas de hoje em dia: verbas desviadas, educação falida
A feijoada de hoje em dia: cota em faculdades e Bolsa-Família