Gigante No Mic
Nosso Jogo é Limpo
[Intro: Zeus]
Zeus
[Verso 1: Zeus]
Sétima vez que eu tento escrever essa letra
Sempre acreditei que o número sete é foda
Tríade a sete flechas, digno a sete estradas
Foram sete pecados sob sete encruzilhadas
Sete velas vermelhas no Bará, trança Nagô
Filho de Oxóssi brabo no Okearô
Odociaba nos mares de Iemanjá
Ogum Iê, Exe Babá, falange de Oxalá
Como tu te sente sabendo que eu tô bem louco
Trombei com os moleque que pagavam de pipoco
Trocamo pipoco, eu tô vivo e eles morto
No fim disso tudo eu era pra ser um aborto
Pô mãe... Seu neto será adotado!
Eu tô cansado de tanta maldade alheia
Pra que botar uma alma nesse mundo
Por prazer instantâneo que o futuro incendeia
[Verso 2: Gigante no Mic]
Quem foi que disse que a vida era fácil
Estão mentindo pra si mesmos
A dificuldade está em aceitar o fato
Que nem tudo são rosas e o mundo é igual cinzeiro
Ficaram as cinzas, passou a onda
Passou a marola, e a maré levou sua alma em cativeiro
Águas passadas não servem pra tomar banho
Aumente a resistência pra não queimar seu chuveiro
Ontem a noite cê chorou e não assume
Soldados de mentira camuflando desespero
As aparências não enganam por muito tempo
E o próprio tempo aparentemente é passageiro
Tudo se resume ao caos
O qual nos seguem ordem predeterminada por ninguém
O conteúdo é paradoxal
Quem veio do nada não tem medo do que vem
[Verso 3: Duzz]
Até o que os olhos dizem hoje em dia engana
SKP me deu aulas, então mantenha a cautela
Se engana quem não vê que a vida é uma cigana
Se deitar na cama achando que ela é uma donzela
Tenho muito pra falar...
Pouco tempo pra dizer!
Melhor eu deixar pra lá
Nunca vão me entender
Eu tô contando os dias, já tem alguns dias
Que os dias se passam de uma forma que eu não noto
Tudo que eu anoto, lifestyle que eu adoto
Coração batendo trap, mas boombap é papo de terremoto
Se eu tiver desocupado, também não nego foto
Mas se eu beber uns dez copo, capaz de eu perder o foco
Mantendo a mente em estrutura
Miro a porra do dinheiro, mas não perco a porra da minha postura
[Verso 4: Thiago SKP]
Sou caneta, então não desaponta
Vocês querem fumar, só que ninguém segura as pontas
Conta quantas contas nunca enchem no final
Pronto tô em pranto, quantos tantos tão igual
Vai correndo atrás do lanche, vira o prato principal
Que a fogueira queime o ódio e traga amor nesse luau
Treta no trato truta, com atrito o fato muda
Contra ataco, nem marco, contra rato sangue suga
Somos lado sujo na frequência jogo limpo
Duvido do que vejo, e não daquilo que sinto
A gente se acostuma a esperar nada de ninguém
Alguns cobra atitude que eles mesmo não tem
E meu anjo da guarda trancado no porta malas
Tá louco seduzido pelo jogo do show bis
Dissolvo angústia nesse canto aqui da sala
E tô achando mil problemas naquilo que nunca fiz...