Elis Regina
O Cavaleiro e os Moinhos
Acreditar na existência dourada do sol
Mesmo que em plena boca nos bata o acoite
Contínuo da noite
Arrebentar a corrente que envolve o amanhà
Despertar as espadas, varrer as esfinges das encruzilhadas
Todo esse tempo foi igual a dormir num navio
Sem fazer movimento
Mas tecendo o fio da água e do vento
Eu, baderneiro, me tornei cavaleiro
Malandramente pelos caminhos
Meu companheiro tá armado até os dentes
Já não há mais moinhos como os de antigamente