[Verso 1]
Pode parar, de buxixo não me vem falar
Deixa o vileiro trampar, é rap pode assinalar
Fica tranquilo, negô, cê pode até gingar
Mas não pode me xingar
Se você não se embalar, vim do Ipiranga
Morte ou independência
Na fé, a resistência, rua pesa na essência
E a inveja? Praga que lateja quem um sonho almeja
Bôbo, corpo fechado e ele pragueja
Só não me empaca, fica ligado na placa
Homens trampando, saca? A mó cota na caca
Capacidade não basta se não há força no foco
No copo, toco, não mosco, senão nos beat não dropo
Nas rap, topo, aposto rimas, num liga se é sarcasta
Com a firma, no dia a dia, o negão aqui pasta
Dinasta com as tia, vagabundo, mas trampo
Dos outros, nada arranco, só arranco a mais no campo
Cê mosca
[Refrão] 2x
Eu arranjei o meu dinheiro trabalhando o ano inteiro
Arranjei o meu dinheiro trabalhando o ano inteiro
[Verso 2]
Mó pique, eu não aplico, e sem chilique, cê quer Nike?
Ou ver as nick mirage, mó bobagem, e esqueçe do mic
O que convem quando cê tem?
Se cê não tem, quem é que vem?
Quando cê tem, quantos que vem?
Quem quer ser seu parça também?
Não, nem vem, hein, sabe bem perrequeiros vem
Curtição preferem, perreio não querem
A minha vila é camomila, claro, sempre tranquila
Cê quer saber? Tem que seguir é todas regras da cartilha
Tem menor que é alado, não mosca, tudo treinado
Precoce no respeito, envergonha velho safado
E os cara quer saber, por que que é maltratado
E os cara quer beber e bagunçar, não, aliado
Realista e franco só pega no tranco
Odio arranco, se eu não manco
A várzea, alavanco, as magoas, estanco
Não fica balão, cê quer subir mais não tem gás
Não mistura as idéia, é potável contra água rás
[Refrão] 2x
Eu arranjei o meu dinheiro trabalhando o ano inteiro
Arranjei o meu dinheiro trabalhando o ano inteiro