[Intro, Tyler Durden:]
"I look like you wanna look, I fuck like you wanna fuck, I am smart, capable, and most importantly, I am free in all the ways that you are not."
[Cauê:]
Eu tenho um beck na mão
Na outra, um bauru
Me aventurando de novo nas rima
E pau no seu cu
Olha minha cara de preocupado com a sua, moleque
Cê não gostou do meu trap, então tô trazendo um boom bap
Se foda
Eu quero mais que 'cê morra, exploda
Pode chorar, não vou parar com essa porra
Esse é o rap de comentário pica na vitrine
Diss track de moleque vem com avatar de anime
"Beat ruim, achei que a rima chegou fraca"
Filha da puta, 'cê não tem que achar nada
Criança, num vem querer causar na minha plateia
Paga uns boleto antes que depois nós troca ideia
Essa é a pauliceia de fumaça e pó
Maloqueiro de verdade é offline, tenha dó
Não dou do tipo que se fala me supera
Mas eu já tava nessa antes do 'cê nascer, fera
'Cê nem foi draftado e eu sou tipo Tom Brady
Sua infância é Pokémon, a minha foi Slim Shady
Respeito quem faz
Admiro demais
Quem dedica a vida a isso, do Sabota ao Haikaiss
Sempre ouvi Racionais
Facção, Imortais
Mas o público de hoje é embaçado demais
Como é que faz pra adolescente curtir?
Sem pagar de maloqueiro, atitude Jay Z
Não vim pra arrumar briga e nem quero tomar as dores
Mas nêgo cornetou até o Cores & Valores
Olha esse bando de cordeiro pau-mandado
Os mito da minha época era outros, tá ligado?
Eu vejo o desrespeito e fico até bolado
O Emicida é fraco, 'cê que é bom, né, arrombado?
É muito papo de maloca e pouca ideia
A mala vem do Bronx e o discurso, Galileia
Se a moda do momento é ser assim, tá tudo certo
Então eu fico ultrapassado aqui na minha e sai de perto
As punchline tão deixando cicatriz
Fatiando os arrombado, pique Samurai X
Aqui 'cê fala o que cê quis
Repete na minha cara que nós quera o seu nariz
A juventude é patética
Desonestidade no Brasil tá na genética
Tem tanta merda por aqui, eu nem me estresso
Nós taca fogo em planta pra num tacar no Congresso
Esse é o processo
Engole o choro e segue
Meu trampo é pesado, sim, por mais que você negue
Xingado há oito anos
Se pá é meu destino
Nas palavra sangrenta, eu sou Quentin Tarantino
E os menino coloca objetivo e faz, corre atrás
Quando consegue mais, perde a paz porque faz
Despertar inveja
Não cresce o zóio não
Filha da puta, vai, se fecha
Só cobiçar é mó brexa
'Cê tá tirando, né, cuzão?
Sai desse quarto, vai pra rua, inventa algo bom
Arruma um ganha-pão, bota esses pé no chão
Ergue a cabeça e fala alto: "Tamo junto, Cauêzão"
Primeiro, quem foi que te deu tanta liberdade?
Chegou de peito cheio e pagou de autoridade
Mantenha o respeito a quem botou a cara a tapa
Pode ficar com o plomo, eu tô buscando a plata
Respeitando e sempre honrando a tradição
Ritmo, poesia, 808 pesadão
Maloqueiro nunca fui, é o seguinte:
Certo pelo certo, grama do Colômbia é 20
Imagina o seguinte cenário:
Você cuidando somente do próprio rabo, seu otário
Respeita o cu do lado e segue a merda do teu dia
Fiscal de cu alheio, escoteiro da putaria
Sinto muita alegria
Quando te vejo entrando em choque
'Cê faz cara de brabo
Tipo o filme do Braddock
Internet voleibol:
Toma esse block
'Cê tá pedindo truco
Mas eu já trinquei no flop
Um passo à frente, dois pro lado
Evoluindo sempre, cada vez mais afastado
Desta merda de sociedade rasa e elitista
Que aplaude a violência, mas quer censurar o artista
E quando os prédio tiverem tudo no chão
Eu vou poder falar que não fiz parte dessa porra, não
Titanic brasileiro, eu tô tocando violino
O Pedro avisou: é uma cilada, Bino
'Cê tá tirando, né, cuzão?
Sai desse quarto, vai pra rua, inventa algo bom
Arruma um ganha-pão, bota esses pé no chão
Ergue a cabeça e fala alto: "Tamo junto, Cauêzão"
'Cê tá tirando, né, cuzão?
Sacode logo essa poeira e vai partir pra ação
Olha pra dentro, irmão, faz a revolução
Quero te ver voando alto igual ao padre do balão
Voa sem rumo e morre longe, igual ao padre do balão, cuzão
[Outro, Cauê:]
"Que é que foi? Não tá bom, ainda? Orra, que fita. Como é que eu vou dormir de noite, hein, mano? Arrombado."