Curumin
Olhando de uma Janela, no Centro da Cidade
Vêm e vão e vêm
E vão e vêm e vão

Ai, que sono
Ai, que sol

O céu tá apertando, tá pressionado
Sente a pressão de quem não quer mais esperar
E esse sol tá cada dia mais quente
Tá demorando, pelejando pra se apagar
Sente essa fumaça que sufoca, que diminui
Que comprime o teu inspirar
E cada vez mais, você sonha menos
Noite e dia, é indiferente no teu despertar
E quando a chuva cai, a vida te pede respostas
De perguntas que você não conseguiu dar
A roda viva te engoliu, cadê tua alma?
Você procura e não consegue encontrar
Vê toda essa gente que caminha apressada
Sem saber direito para qual lugar
Vêm e vão, tropeçando no destino
Corpo cansado, insistindo em se movimentar

Ai, que sono
Ai, que sol