Rosa de Saron
Solte-Me!
Leve-me, leve-me
Para um lugar onde possa viver
Porque eu vivo um coletivo de quases
Quase um silêncio ameno
Mais ou menos tácito
Ao menos, eu sei que tentei
Eu procurei consolidar um lastro seu
Que fosse então meu
Meu lema
Meu fado

Foi mesmo quase por querer
Fui tentar apreender algum dom
Mas fui pego, preso em flagrante
Pela Lei Federal, cento e qualquer coisa

Solte-me! Solte-me!
Por favor liberte-me, solte-me!
Sei que o erro foi emprestar meu amor
Somente pra que devolvessem em dobro depois

Se minha falha consistiu em pleitear
O que era para ser a cabo de apreço
Serei eu que aprenderei a tese
E a prática
Foi mesmo quase por querer
Fui tentar apreender algum dom
Mas fui pego, preso em flagrante
Pela Lei Federal, cento e qualquer coisa

Eu sou um recluso no exílio
Eu sou um cativo
Sem
Sentença
Mas eu hei de escapar daqui
Todos que conseguiram
Um dia tentaram

Solte-me!
Solte-me!