(Né)
Excesso de zelo
Pra mim morreu o barbeiro
Como diz o ucraniano
Muito trabalho pouco dinheiro
Sem estilo pra estilistas
Desfilamos nas cabines
Nem saímos a sucapa
Em capa de magazines
Aprendizes saem em cartazes
Sem saberem as raízes
No conceito do respeito
São os incapazes
Ofuscados pelas luzes
Saídas da escuridão
Com o brilho nas lentes
Em forma de cifrão
Não passam de chicletes
Mastigados deitados fora
Rápido e bem não há quem
Desistem e vão embora
Há quem fique
Resiste, persiste
Insiste, subsiste
E assiste a figura triste
O xiste é o estado
Destas quatro vertentes
Nunca é defendida
Com unhas e dentes
Eles veem e vão
E nos por cá ficamos
As nossas leis é ser fieis
A família que criamos
Todos estes anos
Surgiram muitos imbecis
Na rua são uns covardes
No rap são bruce lee´s
Só da pataqueiros
Vendidos por trocos
É mais massa que recheio
Por dentro são ocos
Restam poucos que por amor
A camisola ou pelo prato
A presidência desta essência
Cada dia um candidato
Assassinatos
No sentido lato da palavra
É caricato e ainda bem
Que esta família não se enquandra
(Che)
Mais um dia
Mais um novo candidato
Um novo artista
Que soa a plastico
É so swaggers
Em busca do estrelato
Desfile de fantoches
A tentar dar espetaculo
Com musica de engate
Nas redes socias
Mete like compram likes
Com o dinheiro dos pais
É so fachada
Hinotizados pela fama
Que papam toda a merda
Industrializada
Acusam-se uns aos outros
Sem olhar a meios
Na disputa do podio
São esquecidos os verdadeiros
Os pataqueiros
Agarrados ao mercado
So fazem musica de merda
Para poder passar na radio
Esquecido
Os valores fundamentais
Deturpam a luta
Dos nossos ancestrais
Nós nos mantemos reais
Contra aquilo que venha
Orgulho e originalidade
Desta familia nortenha
Refrão
Morreu o barbeiro
Este hip hop esta em coma
Ligado às maquinas
Industriais da zona
Euro
Todos querem aderir
Das confecções do arame
Passou a pronto-a- vestir
(Bis)
(M´Cirilo)
O Amor por isto
Não seleciona idades
Carregamos bem a cruz do Rap
Da nossa cidade
Moços da liga pesada
Querem jantes liga leve
Antes era Zêlo sóbrio
Hoje em dia ficou cego
Deus livrou-me desse dom
De ser grande porcalhão
Levei coça da velhota
Pra nunca ouvir Reageton
Estupidez é colocada
Na primeira fila
Inteligência á retaguarda
É aos deuses pedida
Têm uma forma apenas
De subir na vida
É vendo a vossa sempre no topo
E a dos outros sempre fodida
A verdade asombra-vos
E o dinheiro compra-vos
Ganzas deixam-vos papados
Disso não papamos
Letras de dor de corno
Com pinta de gigolô
O nosso conteúdo é porno
A fazer parte do complô
O erro é a insistência
Limitar é inteligência
Assassinam tudo em beats
E esse crime não compensa
Apesar das vossas tentativas
De impressionar
Continuo a beber
A comer e a cagar
Esses meninos são de
Espécie perigosa
Com trabalhos que o meu filho
Escreveria numa hora
Sensatez não te assiste
E esse empenho é fantasia
E a tua presença em palco
É a prova do invisível
Não manjam ponta de um corno
Nem pelo outro se guiam
Põem pálas nas palavras
Que nem sequer ouviram
(Tuka)
A tua vida dava um filme
Baseado em nada
Inspirado em ficçao
Com banda desenhada
É so românticos
E composições bem embaladas
Em clichês
Putos papam embalados, embaladas
Otários com truques
Novos looks, caem como tábuas
Copias quem tu curtes
Mas quem curtes não são cábulas
Não resolvo problemas ao soco
Mas contigo
Não perder o controlo
É um imenso esforço
E os teus sons Nem p’ouvir po gozo
(põe mais alto e desliga)
Põe-te a escuta (moço)
Eu tou a par de quem disputa o osso
Nem chegues perto, Chico-esperto
Armado em estrela
Eu topo logo que fazes da cultura
Uma puta para fode-la
Aqui é jogo limpo de versos
Dentro de quatro linhas
Cresce para ver se não apareces
Com historias da carochinha
Sem balelas lenga lengas
No barrako
Monta a tenda á porta
E Pode ser que aprendas
Mas não sei se emendas
Refrão (2x)