Carolina Deslandes
Inquieta
[Verse 1]
Eu vivo inquieta por estar inquieta
Eu tenho uma meta, mas não chego lá
Eu vivo com pressa e, na minha cabeça
Vive tanta gente que nem me diz "olá"
Eu já me conheço, mas nem me conheço
E, quando tropeço, já não sinto o chão
Sempre me levanto, mas, no entretanto
Já não vejo espanto em mais um arranhão
[Chorus]
Dizem-te "trabalha", mas só me baralha
Quanto mais entregas, é menor o pão
Dizem-te "tu fala", mas ninguém se cala
Para ouvir o outro no meio da multidão
Ninguém é generoso e é tão perigoso
Querer amar alguém que não ama nad'A
Vida é mesmo assim, eu vou gostar de mim
E, quando chego ao fim, faço do fim uma estrada
[Bridge]
É esta a minha sina
Eu nunca fui menina
Eu sempre fui mulher
Mesmo quando não era
Eu sempre fui crescida
Mesmo quando a vida
Tinha dias de chuva
P'ra pouca primavera
Por isso muita calma
Eu tenho uma alma
Que já era minha
Antes de eu ser
Viveu muito mais anos
Sofreu tantos mais danos
Que sobreviveu...
A sobreviver
...
Por isso muita calma
Eu tenho uma alma
Que já era minha
Antes de eu ser
Viveu muito mais anos
Sofreu tantos mais danos
Que sobreviveu...
A sobreviver
[Outro]
Eu vivo inquieta