Os arrais
O bilhete e o trovão
No silêncio
Na calmaria que antecede a dor
No escuro
Na pausa entre a chuva e o primeiro trovão


SEJA minha canção
Estrofe, ponte e refrão


Quando a porta
Recusa a se abrir e eu bato em vão
Quando vejo
De longe o trem partir com o bilhete em minhas mãos


SEJA minha canção
Estrofe, ponte e refrão


Quando o lápis
Resiste obedecer e eu tento me impor
Quando o copo
Balança em minhas mãos e eu temo compor


SEJA minha canção
Estrofe, ponte e refrão


SEJA minha canção
O primeiro trovão
Seja minha canção
O bilhete em minhas mãos


SEJA tudo que perdi
SEJA o que está por vir