Os arrais
Montréal
Quero respirar o ar de um novo lar
E avistar outras colinas
Que conspirariam contra o que já vi
Das paisagens conhecidas


E a fronteira da poesia encontrar
Onde nasce cada rima
Tendo como cama a grama e teto o céu
Esquecer minhas feridas


E as memórias desta vida vou plantar
E as regar com recomeços
Nem mil dicionários poderão conter
Adjetivos que os descrevam


Fecho os olhos
E encho o peito
Do ar de um monte
Onde rico e pobre
Comerão da mesa do Rei