Diabo na Cruz
Bico de um Prego
Segui-te na estrada
Cantei-te p'ra nada
Fiz montes e vales em busca de ti
Encontrei-me às portas da morte
De tento vergar
De tanto insistir
E no mar
Mil virgens à espera
Gritaram o meu nome
Eu não respondi

Sonhei que era cego
No bico de um prego
E quando acordei fui chorar escondido
Quem for rei virá num cruzeiro
Se eu quis ser rei
Foi para sê-lo contigo
Quando o sol girar
E o céu afundar
Ouvirás finalmente o que eu digo

Dei o teu retrato
Ao genro de um sapo
Herdei comprimidos para adormecer
Ai, rezei à Santa Fortuna
À deusa das tréguas do meu querer
E a verdade roubou um bote de casco partido
Para ir morrer