Eloy Polemico
A Explicação
[Intro]
One, two

[Verso 1]
É sempre inexplicável, mas eu sou teimoso
Ando sempre tarado, igual o palhaço Gozo
Quando as palavras se encaixam, eu fico habilidoso
Cria da norte, IPESP, Tremembé, Cardoso
Aqui, a larica é constante, inspiração bastante
O blunt é de maçã e as mentes 'tão distantes
Impressionante como a intuição me aponta
A gratidão num salve, e eu atrasando as contas
No meu comércio clandestino de artefatos finos
Pra meninas, meninos de talentos genuínos
Só hoje eu compreendo a força da canção que me orienta
O norte do meu ânimo é assim que se apresenta
A força de uma letra, do drible, do timbre
Da tinta no papel, da dança das gavetas
Do fundo de quintal, daquele olhar da preta
O que me inspira é quando eu tiro o zóio da luneta

[Refrão]
Qual é teu medo, qual é a explicação?
Qual é teu medo, qual é a explicação?

[Verso 2]
Super-comunicável, da fé quase inabalável, amável
(Nas propagandas, tudo é questionável)
Mas tô bem com uns docinhos Fini
Catuaba de quebrada, só função
Assim, tô tipo Abílio Diniz
Me sinto rico, mais que o poderoso Rockefeller
Da cor do Amarildo, pretinho, favela
Eu tô Medina nesse mar de beats soltos
Nem a medicina explica o porquê dos pensamentos tortos
Mas nada é em vão, tem muita gente pra chegar
Pega o Corisco e vem pra cá, irmão
Falar de rap, reencarnação, elos perdidos
Daqueles deuses desaparecidos
Tenho um medo da ignorância
Quanto mais fujo, mais ela me alcança
Se essa for a última valsa, eu danço igual criança
Sem perder o gás e muito menos a confiança
Então, me diz

[Refrão]
Qual é teu medo, qual é a explicação?
Qual é teu medo, qual é a explicação?

[Outro]
Foi, então, que eu me toquei: o único lugar onde o medo pode existir é em nossos pensamentos sobre o futuro. É um produto da nossa imaginação que faz com que tenhamos medo de coisas que não existem no presente e que, talvez, nunca cheguem a existir. Isso é quase uma loucura. Eu não quero que você me entenda errado, o perigo existe de verdade, mas o medo é uma escolha. Somos nós que escrevemos nossa história