[Verso 1]
Quilos de fotos, textos superficiais
Falam de rótulos e são os que fabricam mais
Informações em demasia, asfixia
Quanto mais procuro, mais acho o que não devia
A verdade é uma virose que vem, mata e passa
Essa geração desgraça é a caça
Fruto do ímpeto, do imediato e pronto pro ataque
Que nada faz além de ouvir 2Pac
Só me dou bem com as curiosas
Deixa as preguiçosas acharem que basta serem gostosas
Se a internet é o canal, aviso: não passa mal
Pois gente baixa encontro até no mundo virtual
O que mais posso fazer, além de ser o que eu quiser
Nessa terra do nunca, onde nunca botam fé, nêgo?
Não culpe o ser humano, mano
Sempre foi assim, mas, devagarinho, 'tamos moldando
É, eu boto fé no que acredito
E vai além do bem, além do mal, além do mito
Fizeram cego ver, surdo ouvir, 'cença aqui
Mas já deu pra sentir que não vim pra competir, não

[Refrão]
Não me espere, pois de onde eu venho
O tempo é mágica
U-la-la, la-la-la
Não espere, seu medo também pode machucar

[Verso 2]
Sou como Tyler (Tyler!)
Sigo na conduta
Me intitulo Monge e parto pro clube da luta
Disputa, sim, mas quem é você no tabuleiro?
Descubra-se mais, que o inimigo é traiçoeiro
Talvez, o dia inteiro seja um pesadelo frio
Estamos perto de pôr fogo naquele pavio
Segundos de perna curta, e Pernalonga na TV
De sobremesa pavê, alguém mentindo pro'cê
Em SP, acostumado a se foder
Se não correr, o fim é perecer
E ninguém quer pagar pra ver
Escuta essa, se quiser, e não reclama
Pesquise Mzuri Sana e verás muito mais que fonte de mana
Nem vem que 'cê quer, sim, chegar no shoulder lean
Num Impala Black, com detalhes em marfim
Pode ser, mas nada compra os ideais
E eu só falo por mim
E minha arte sempre diz algo mais, então

[Refrão]
Não me espere, pois de onde eu venho
O tempo é mágica
U-la-la, la-la-la
Não espere, seu medo também pode machucar