Dillaz
Arena
Não há dedos pra contar o sangue que se perdeu nesta arena
Putos querem tanto um gangue que acabam com gangrena
Enquanto a filha mete implante o pai vai cumprindo pena
Viagens alucinantes e entretanto é sempre a mesma coisa
Eu obtive outras visões, desde que deixei de ser Simba pra cacimbar com os leões
Que eu vi
Manos a descer a corda, outros a tentar subi-la
Alguns a fazer musica, outros, nem deviam ouvi-la
E tu vais dizer ‘Dillaz nah, tu tens mesmo a mania
Agora só dás é concertos, faço ideia essa quantia
Quanto é que tu tens no banco?
O nike ta em dia..
‘Tou-te´ a ver bem aperaltado..
Dá lá um coche da fatia..’
Desculpa lá, onde é que eu ia?
Se trabalhasses muito mais do que aquilo que falas, a tua auto-estima só subia
Tás no grupo dos que falam.. fazem troça, fazem birra
Só criticam e gritam santinho se o diabo espirra

Todos querem o topo do bolo de bandeja
E eu já não paro, nem que esteja lá no topo da cereja
Vou mantendo a mesma cara brother seja onde seja
Para que a minha mãe se orgulhe, e pra que o meu pai me veja
Bocas abrem-se, falam tanto os crocodilos
Porque troquei placas de 100 gramolas por rimas com 20 quilos
Não dão nada tudo comem, mandam-te à cara vacilos
Todo o bicho e todo o homem tem o seu tendão de Aquiles
Eles não, circulam tranquilos alargando o cinto
Enquanto o bicho mata metade dos homens lá da 75
Metem a porta no trinco, fecham estores a janela
Em cada buraco vive, um olho uma chibadela
Magrela e menor de idade, desidratado e cheio de fumo
Porque o limão que o pai usou, ja não dá para fazer sumo
Quem se assume, que a vida tá fera para aumentar o drama
Por vezes é mesmo pro estilo do Tony Montana
Vês a luz no fundo do túnel, vais com gana
Entras pelo cano, e sais de cana
Muitos daqueles que eu já vi a correr atrás de fama
Aceleraram e rest in peace, Princesa Diana

Vai por mim, tu não sejas assim
Que um dia tens razão
E ninguém acredita
Olha mais para ti
Não digas que és assim
Só por satisfação
Que ninguém acredita em ti