[Intro]
Fico especado
[Verso 1]
Fico especado, à espera da palavra exacta
Tudo aquilo que era enorme virou uma cena abstrata
Arte da vida, aquilo que eu tenho vindo a viver
Muita cena é acedida que eu não consigo aceder
(Mas porquê?)
Porque é que a vida é um remoinho
Como é que a vida é para correr se ela não nos dá um caminho
Se eu me encontro sozinho o meu parceiro não é mau
Como é que queres ter um horizonte se vives debaixo de um calhau
Boy tu explica
Explicar não prejudica
Muitos cagaram na risada e ficaram por trás da escrita
Esmaga quem te irrita, expressa aquilo que vês
Vasculhas as perguntas mas não sabes os porquês
Eu faço contas para três, em cima da mesa
Pois no meu prato sei que como alegria e tristeza
A vida é uma beleza, com coisas muito belas
Mas tu logo estragas tudo quando pintas com aguarelas
São unhas amarelas, é a voz que fica rouca
Pitas de 12 anos já com o cigarro na boca
Uns querem vida louca, mas só para mandar pausa
Depois batem lá com as costas, não sabem qual é a causa (Nah)
A vida é rápida, é um segundo
Faz a tática, porque isto não está para vagabundos
Quantas vezes eu chorei, quantas vezes eu sorri
Isso eu também não sei mas também não é por ti
[Refrão]
Quantas vezes eu sorri, quantas vezes eu chorei
Quantas vezes de fininho bueda merda visionei (Quantas vezes)
Quantas vezes, quantas vezes eu sonhei e apostei e percebi que isto não da para ser rei
Muitas vezes eu paro, muitas vezes eu penso, muitas vezes eu reparo, muitas vezes dispenso
E penso, vejo até onde a ironia tem preço, posso perder no início mas no fim eu sei que venço
[Verso 2]
Aquilo que tu vês à tua volta
Sobrinho mata a tia xibaria e revolta
Gente influenciada, putos dão banhada
Hoje roubam gomas amanhã à mão armada
O dia a dia passa, turistas e desgraça
Mendigo arruma carros para ganhar uma carcaça
Miséria, na rua e com problemas nas artérias
Maltratado, desprezado, ignorado por gente séria
A vida é muito curta para à ironia
Se entrasse no sufoco muito pouco eu duraria
Rotina é porcaria, mas só para quem tá mal
Eu vejo pedofilia como agulhas no casal
E não dá, nunca deu, não é agora que vai dar
Se pensas perversamente então pensa em mudar
Há crianças a sonhar por um futuro melhor
Com ideias tu planeias com uma atitude hardcore
A vida é falsa, boy realça, não tenhas medo
Ela quer o teu braço se tu só lhe deres o dedo
Eu mantenho o meu segredo, com sentimentos plenos
Dois ouvidos e uma boca para ouvir mais e falar menos
Sem venenos sou modesto e livre
Nem sempre tive o que queria mas só mostra o meu calibre
Já tu deste à manivela e a janela não se abriu
Aqui não és bem vindo, fecha a porta, que 'tá frio
[Refrão]
Quantas vezes eu sorri, quantas vezes eu chorei
Quantas vezes de fininho bueda merda visionei (Quantas vezes)
Quantas vezes, quantas vezes eu sonhei e apostei e percebi que isto não da para ser rei
Muitas vezes eu paro, muitas vezes eu penso, muitas vezes eu reparo, muitas vezes dispenso
E penso, vejo até onde a ironia tem preço, posso perder no início mas no fim eu sei que venço
[Outro]
Mas no fim eu sei que venço
Posso perder no início mas no fim eu sei que venço
Porque a ironia tem preço
Posso perder no início mas no fim eu sei que venço
Mas no fim eu sei que venço
Posso perder no início mas no fim eu sei que venço
Porque a ironia tem preço
Posso perder no início mas no fim eu sei que venço