[Letra de "Dia de merda"]
[Intro]
Então meu puto
Tem calma
Que estes dias vão passar meu puto
'Tasse bem
Muita calma nessa hora mano
[Refrão]
Pois a dias que são a assim tu sempre soubeste
Uns menos bons uns muitos maus
Mas meu puto veste
O dia da alegria faz o que de bom disseste
Afoga a mágoa na água da planta que floresce
Pois a dias que são a assim tu sempre soubeste
Uns menos bons uns muitos maus
Mas meu puto veste
O dia da alegria faz o que de bom disseste
Afoga a mágoa na água da planta que floresce
[Verso 1]
Boy eu não sei
Aquilo que eu sinto no corpo
Eu sigo em linha reta
Mas o meu passe vai torto
Boy eu sinto me um aborto
Tirado da barriga
O homem engole a mentira
E a dor a mim só me mastiga
A espiga
Essa já foi melhor amiga
Deixei-a numa valeta pois só me dava lombriga
Eu fico na guarita olhando para o horizonte
'Tar com a dama tá foda
Pois tenho que atravessar a ponte
E o meu primo que eu via todos os dias
Hoje em dia só o visito numa sala em Caxias
Raiva e agonias aquilo que eu disse
Não condizias
Preferis-te abrir a porta da merda das companhias
Entre a magia e o sufoco
A dádiva e o troco
Eu só quero ter uma boa vida
E eu sei que não peço pouco
Porque eu só posso andar para traz
Porque o da frente só me nega
Dizem para eu abrir o olho
Eu só jogo à cabra cega
Senta-te, apura os teus ouvidos com os meus pecados
Só não agarro na minha alma porque ela caí aos bocados
Não vou seguir o sentimento porque o sentimento só me aperta
Sinto me um inconsciente sou uma pita de perna aberta
Se eu sigo a luz que me falta a mesma se apaga
Se eu embarco na maré alta há sempre um barco que estraga
'Tou perdido no deserto e eu sei que vou morrer à seca
Sou um piolho na cabeça de um careca
Boy, porque é que a gente peca se há sempre quem nos mate
Se Deus inventou a terra porque é que inventou quem a estrague
E porque é que a ansiedade nunca me conforta
Se a dor aqui entrou porque é que não bateu à porta
Sento o vento que transporta aquilo que não voltou
Aquilo que te impressiona nunca me impressionou
Alegria no dia comigo encontro marcou
Para variar eu a chegar
E o meu comboio bazou (foda-se)
[Refrão]
Pois a dias que são a assim tu sempre soubeste
Uns menos bons uns muitos maus
Mas meu puto veste
O dia da alegria faz o que de bom disseste
Afoga a mágoa na água da planta que floresce
Pois a dias que são a assim tu sempre soubeste
Uns menos bons uns muitos maus
Mas meu puto veste
O dia da alegria faz o que de bom disseste
Afoga a mágoa na água da planta que floresce
[Verso 2]
E eu mesmo sem lama o meu pé patina
Acaba com tudo
Rega o meu corpo com gasolina
Sei que a rotina domina
Nela faço o resumo
Pega me fogo
Mas vais ter que levar com o meu fumo
E aquele que já não tá cá?
(Não tem possibilidade)
Então quem nos amará?
(Quando chegar a saudade)
Aquele que nada fará?
(Até chegar à idade)
O homem que não estudará
Nunca será celebridade
Oh meu Pi
Diz-me o que é que faço aqui?
Quem eu sou?
Para onde eu vou?
Diz-me onde é que eu nasci
Eu vejo o fim
Porque é que a vida só bate assim
O meu pai viu-me de algemas
Não confia mais em mim
É o sentimento de tristeza de agonia e de dor
Quero ver a luz divina e não vejo interruptor
Eu vejo ardor
Não vejo ninguém que não me inerve
Vejo a vida tão reduzida que nem uma lupa serve
Tantas lágrimas que escorrem nas paredes amarelas
Plantas todas morem umas feias outras belas
Sustento as mazelas daquilo que aprendi
[Bridge]
E o dia que ultrapasso não te desejo a ti
Tem um bom dia
Tem um bom dia
Tem um bom dia
Porque o dia que ultrapasso não te desejo a ti
Tem um bom dia
[Refrão]
Pois a dias que são a assim tu sempre soubeste
Uns menos bons uns muitos maus
Mas meu puto veste
O dia da alegria faz o que de bom disseste
Afoga a mágoa na água da planta que floresce
Pois a dias que são a assim tu sempre soubeste
Uns menos bons uns muitos maus
Mas meu puto veste
O dia da alegria faz o que de bom disseste
Afoga a mágoa na água da planta que floresce
[Outro]
Pois a dias que são a assim tu sempre soubeste...