Nauí
O Monstro Que Há em Mim
[Verso 1: Afroragga]
Todos os dias conflitos surgem, testam a fé
Pra não explodir com o mundo nado contra a maré (Porque)
Ele sempre quer me conduzir, insiste pra surgir:
O monstro que há em mim
Não sei se está ciente, mas você tem um monstro
Que tenta diariamente revelar o seu rosto
Sedento pra mostrar a sua fúria irrefreável
Sem medo de julgarem sua conduta abominável
Pela sociedade buscamos controlar
Todos os impulsos que querem despertar
O lado mais sombrio, obscuro e vil
Atitudes atrozes de sentimento frio
Segue o ciclo, Pão e circo. Pro monstro ser submisso
Etiqueta, regra, manual e lei. Pra tudo ser omisso
Chefes, estresse, medos, mequetrefes, problemas que tiram a paz
Cotidiano que leva mais longe de Jekyll e mais perto de Hyde
Alguns não resistem os estímulos externos
Os demônios internos, os problemas modernos
A renúncia desse lado animal
É que mantém a ordem do convívio social então

[Refrão]
Existe um monstro em todos nós
Mas silenciamos a sua voz
Pelo bem, pelo mal. Saúde Social
Mantenha o monstro bem trancado em sua grade!
Monstros não podem transitar livremente
Apertem suas correntes, suas correntes

[Verso 2: Nauí]
Há algo em mim que consome
Substância cruel que eu não sei o nome
Dentro de mim se esconde
Rezo pra ver se essa energia some
No meio do medo o pesadelo te despertou
Olha só, o monstro acordou
Parou, sentou e o trem te levou
Passeio dark apenas começou
Dentro do escuro, inseguro, impuro, não curo
Não aturo o futuro, duro, um furo, murro ou sussurro
Puto! Pensamento curto, experimento o amargo fruto, turvo, bruto
Digerido te leva ao surto do mal
Sem banho de sal grosso, sem café matinal
Primeiro sinal do inimigo visceral
Gutural! Descontrole emergindo, consumindo
Sinto que vem reagindo e a criatura surgindo

[Refrão]

[Verso 3: Doctor Zumba]
Um monstro movido a ódio
Um monstro movido a dor
Um monstro que se alimenta da minha frustração e rancor
Pior do que Fred Gruger
Assombra meu pesadelo
Quimera que cospe fogo mas coração é de gelo
Nem Van Helsing sustenta!
Monstro invisível não tá ligado como mata
Os Winchesters num guentam
Nem crucifixo, estaca, nem bala de prata
Monstro que atribulou, demoro, sem terror
Pois o monstro mais cabuloso é o monstro interior
To ligado que a quebrada é embaçada
Vagabundagem atribulada tá matando por nada
Psicopata tipo Jason cara dura sem máscara
Filme de terror ao vivo eu vi
Lobisomem na quebrada da bote
Enquanto Feiticeiro ta vendendo a pedra da morte
O Walking Dead da vida real, a cena é forte e o ser humano vai virar Zumbi
Enquanto isso em minha alma o monstro castela
De que lado eu quero tá da fita amarela
Na minha fraqueza sei que ele se fortalece
Foda-se o monstro, te aprisiono invocando o poder do rap!

[Refrão]

[Verso 4: Duckjay]
Viaja não firma! Kamika-Z
Dave Banner! De vez em quando me encontro até pior
Segura ira do maluco do gueto que tá na rua tão pesado quanto martelo de Thor
É o que desperto quando vejo que por um instante
Sua vida vale bem menos que um diamante
Que foda-se o comandante perante ao combatente que vive e carrega o pente diante de qualquer gigante
Tipo a fúria de Godzilla, nem o tiro da polícia pode matar
Nem as grades que te exila, pode um dia te impedir de escapar
E quando o monstro interior acordar e causar terror!
Fazer do seu dia um pesadelo!
Enquanto tá na quina, pira
Curtindo com as mina cocaína, delira
Toda euforia agora vida, ira
Quando o monstro estiver na mira, atira (Boom)
Tipo a máquina que mata, massacre na guerra
Mata com a miséria, manifesta o monstro da favela
Pistola automática, consequência trágica
To ligado, o inimigo some como mágica
Pronto pra qualquer boom, programado pra destruir
O Monstro movido a dor reage assim
Pronto pra qualquer boom, programado pra destruir
Agora você despertou O Monstro Que Há Em Mim

[Refrão]